Piquiá: o que é, benefícios e como comer
Confundida com o pequi, essa fruta típica da região amazônica é multifuncional e bastante apreciada
O Piquiá é a fruta do piquiazeiro, uma árvore de grandes dimensões e que pode atingir cerca de 50 metros de altura. Por conta do alto valor comercial, essa árvore típica da Região Amazônica quase entra em extinção por ser conhecida como "madeira que não racha" e muito utilizada na indústria naval.
O Piquiá é bastante confundido com o Pequi, fruta do cerrado brasileiro, mas algumas características as diferem, como o sabor, a localização geográfica e o tamanho da árvore e do fruto, que são reduzidos quando se trata do Pequi. A casca do Piquiá é na cor marrom esverdeada e possui polpa amarela, envolvida com caroços, que podem ser torrados e consumidos.
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Com nome científico de Caryocar villosum, o piquiazeiro tem floração entre agosto e outubro. Na safra, a árvore produz cerca de 15 mil flores que atraem olhares e diversos animais que se alimentam, como cutia, veado, quati e tatu. Já os frutos, frutificam de fevereiro até abril. Veja:
Quais os benefícios do Piquiá?
O Piquiá contém cerca de 358 calorias em uma porção de 100g. A fruta é rica em fibras alimentares e pode ser usada como anti-inflamatória. Com 65% de casca, 30% de polpa e 5% de amêndoa, desse fruto também é extraído um óleo, que pode substituir o óleo de mercado e usado para a proteção da pele. Confira mais benefícios:
- Imunidade: com grande quantidade de antioxidantes, fortalece o sistema imune e ajuda a combater diversas doenças infecciosas;
- Fonte de Vitamina C, esse nutriente é saudável e pode atuar como antioxidante, prevenindo o surgimento de algumas doenças, como resfriados e possíveis cânceres;
- Estômago e intestino: essa fruta possui bastante fibras e pode auxiliar no bom funcionamento do sistema digestivo, evitando diarréias e constipação;
- Anti-inflamatório natural: o óleo também reduz inflamações e é cicatrizante. Por isso, auxilia no controle da hipertensão, obesidade e diabetes.
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Como consumir Piquiá?
Essa fruta é multifuncional e é usada de diversas formas. É mais comestível depois do cozimento e utilizado em receitas, como patês e cozidos com proteína animal. A casca e polpa fornecem gordura que é utilizada na indústria cosmética para a fabricação de sabão e em substituição a outros óleos.
Por isso, se você está procurando uma receita para preparar com esse fruto, confira abaixo uma dica que a Redação Integrada de O Liberal escolheu:
Galinhada com Piquiá
INGREDIENTES
- 1 frango grande picado e temperado a gosto
- Cenoura e batata em cubinhos
- 1 pimentão picado
- Salsa
- Cebola
- Milho verde
- Coentro
- 8 dentes de alho
- 100 g de polpa de piquiá picado
- 2 colheres de óleo de pequi
- 1 kg de arroz
MODO DE PREPARO
- Frite o frango em bastante óleo até dourar. Retire e reserve;
- Retire uma parte do óleo e frite a cebola e o alho;
- Junte os legume, o arroz e frite bem;
- Adicione o frango, o óleo de piquiá e o piquiá reservado;
- Coloque água quente para cozer o arroz e tampe a panela;
- Coloque a água até o arroz ficar macio e bem úmido;
- Sirva em seguida. Com informações do portal Tudo Gostoso.
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Sabão da polpa de piquiá
INGREDIENTES
- 1 lata de 18 litros de piquiá descascado
- 5 litros de água
- 500 gramas de soda cáustica
- 50 gramas de breu (ou silicato)
- 1 saco de estopa ou linhagem
- 1 lata grande de manteiga ou margarina vazia
- 1 colher de pau
- Caixas de madeira
MODO DE PREPARO
- Dissolva a soda cáustica na água;
- Deixe os piquiás de molho na solução de soda cáustica por 12 horas;
- Em seguida, retire os caroços dos piquiás com uma colher de pau;
- Bata os ingredientes (piquiá, água e soda cáustica) até formar uma massa;
- Adicione o breu pouco a pouco;
- Quando a massa estiver com boa consistência, despeje-a nas caixas de madeira forradas com os sacos de estopa ou linhagem;
- Deixe a massa em repouso por 12 horas e depois corte-a em barras;
- Lembre sempre que a soda cáustica é tóxica, portanto, evite o contato direto;
- A lata usada não deve ser reaproveitada para outros fins. Com informações do portal Cifor.
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(Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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