Ibama diz que Petrobras precisa de estudo ‘mais sólido’ para exploração na Margem Equatorial
Declaração foi dada pelo presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, durante audiência no Senado que contou também com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva
A Comissão de Infraestrutura do Senado recebeu, nesta terça-feira (12), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Rodrigo Agostinho, para discutir o pedido de licenciamento ambiental da Petrobras para investigar o potencial de produção de petróleo e gás na costa do Amapá.
Durante a reunião, Agostinho afirmou que os dados apresentados até o momento pela empresa tiveram uma “série de inconsistências”, do ponto da fauna, comunicação social e outros estudos. Segundo ele, o órgão ambiental vai emitir a licença quando entender que os estudos demonstram a viabilidade do empreendimento.
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“Agora, o Ibama vai querer um estudo mais sólido e a gente acredita que a Petrobras tem oportunidade de apresentar estudos mais sólidos”, declarou o presidente do Instituto.
Rodrigo Agostinho ressaltou ainda que a Petrobras é uma das maiores especialistas do mundo em exploração de áreas profundas, mas, segundo ele, os estudos apresentados pela empresa até agora trabalhavam a prerrogativa de que, em um eventual vazamento, o óleo iria todo para o mar do Caribe e nunca chegaria na costa. Para o presidente do Ibama, são necessários estudos para todos os cenários possíveis.
Ele afirma ainda que não há muitas informações sobre o que aconteceria na Foz do Amazonas no caso de um vazamento de petróleo e que a distância de 830 quilômetros de Belém dificultaria a chegada de equipes de segurança e resguardo contra acidentes.
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