Margem Equatorial: Lula defende pesquisas sobre petróleo e gás na bacia da foz do Amazonas
Presidente lembrou que poço que Petrobras pretende perfurar fica a mais de 500 quilômetros da margem do Rio Amazonas: “Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas", declarou
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende a realização de pesquisas para investigar o potencial de produção de petróleo na chamada Margem Equatorial - região em alto-mar que, no Brasil, vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. Ele voltou a falar sobre o assunto durante coletiva de imprensa em Nova Délhi, na Índia, nesta segunda-feira (11).
"Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não. Mas veja, é uma exploração a 575 quilômetros à margem do [Rio] Amazonas. Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas", declarou.
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Segundo a Petrobras, a faixa tem potencial para exploração de 14 bilhões de barris de petróleo. Conforme informações divulgadas pela empresa, o primeiro poço fica a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Além da distância na superfície, a perfuração está prevista para ocorrer a cerca de 2.880m de profundidade de lâmina d'água.
Porém, em maio deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), negou a licença para a Petrobras perfurar o poço, por entender que o pedido não continha garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. O órgão ambiental também apontou lacunas no pedido envolvendo previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.
A Petrobras entrou com um novo pedido, que está sob análise.
Ao comentar o assunto, Lula disse que o Brasil fará aquilo que entende que é de interesse soberano do país. O presidente afirma que é necessário encontrar novos materiais para o desenvolvimento.
"Não foi pesquisado ainda. É impossível saber antes de pesquisar. Você pode pesquisar, descobrir que tem muita coisa, aí vai se discutir como fazer a exploração daquilo", concluiu.
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