CPI das ONGs ouve diretor do Instituto Ipê nesta terça-feira (2)
Depoimento está previsto para iniciar às 10h. Durante a reunião, senadores do colegiado também votam novos requerimentos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) na Amazônia e o repasse de verbas públicas e privadas para essas instituições volta a se reunir nesta terça-feira (3), para ouvir o depoimento de mais um representante de instituição e votar requerimentos. Na reunião marcada para às 10h, está prevista a oitiva de Eduardo Humberto Ditt, diretor executivo do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê).
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Durante o depoimento, ele deve responder aos questionamentos envolvendo declarações dadas por depoentes anteriores sobre a atuação do Ipê. “Em depoimento e em documentação apresentada à Comissão Parlamentar de Inquérito houve diversas menções ao Instituto de Pesquisas Ecológicas, com sede na cidade de Nazaré Paulista, como condutor do processo de criação de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro, inclusive como organizador de outras ONG'S participante desse processo”, declarou o relator do colegiado, senador Plínio Valério (PSDB/AM), no requerimento que pediu a ida à CPI de representante do Instituto para prestar esclarecimentos.
Na avaliação de Plínio, é importante conhecer os trabalhos da entidade, “em especial o que faz exatamente nessas áreas, operando com recursos, estabelecendo qual destinação desses recursos e autorizados por quem para participar e conduzir todo esse processo (de criação das unidades de conservação) ao longo do tempo”, continuou.
Inicialmente, o depoimento de Suzana Pádua, diretora-presidente e co-fundadora do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), estava marcado para o dia 19 de setembro, mas a data foi alterada para esta terça e, no lugar dela, Eduardo Ditt é quem irá prestar esclarecimentos.
O Instituto Ipê atua em pesquisas, educação ambiental e programas de geração de renda como formas de conservar a biodiversidade dos biomas brasileiros. Em seu site, afirma que foi fundada oficialmente em 1992 e hoje a instituição é considerada uma das maiores Organizações da Sociedade Civil (OSCs) do Brasil. “O Instituto, que começou com o Projeto Mico-Leão-Preto, agora conta com mais de 80 profissionais trabalhando em mais de 30 projetos por ano, em locais como o Pontal do Paranapanema e Nazaré Paulista (SP), Baixo Rio Negro (AM), Pantanal e Cerrado (MS). O Instituto também atua com projetos temáticos com Soluções Integradas para a Amazônia, Voluntariado para a Conservação da Biodiversidade, Manejo Integrado do Fogo, Áreas Protegidas e Pesquisa & Desenvolvimento”, afirma o Ipê.
De acordo com a entidade, uma das preocupações é “a transferência do conhecimento adquirido em suas pesquisas de campo”.
Requerimentos
Além do depoimento de Eduardo Humberto Ditt, os membros do colegiado também devem votar os requerimentos em pauta. Um deles, do senador Plínio Valério, pede que o presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Marivelton Rodrigues Barroso, preste informações sobre os recursos oferecidos pela ONG neste ano para financiar projetos nas comunidades indígenas. Em outro pedido apresentado, o relator também solicita informações sobre a pasta do secretário especial para o Programa de Parcerias e Investimentos do governo, Marcus Cavalcanti.
Outro requerimento, do senador Marcio Bittar (União-AC), relator da CPI, pede o depoimento do diretor técnico do Instituto Arayara de Educação e Cultura, Juliano Bueno de Araújo, e do diretor na América Latina da ONG 350, Ilan Zugman.
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