CPI das ONGs: senadores questionam ética no processo de auditoria da FAS
Styvenson Valentim (Podemos/RN) e Mecias de Jesus (Republicanos/RR) pediram para que o superintendente geral da Fundação envie documentos que comprovem a transparência na prestação de contas
Os senadores que participam da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a atuação das Organizações Não Governamentais (ONG) na Amazônia, questionaram a ética que a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), instituição que atua em Manaus, envolve nos processos de auditoria do dinheiro utilizado. A sessão ocorre nesta terça-feira (12) e ouve o depoimento de Virgílio Maurício Viana, superintendente geral da ONG.
O gestor foi convidado para depor após a FAS ter sido citada em outros depoimentos e documentos apresentados ao longo da CPI. O convite foi feito para que Virgílio preste contas sobre recursos recebidos do Fundo Amazônia, entre 2017 e 2018, e explique a atuação da ONG no território. O requerimento foi assinado pelo presidente da Comissão, o senador Plínio Valério (PSDB/AM), no dia 29 de agosto.
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O senador Styvenson Valentim (Podemos/RN) pediu para Virgílio apresentar como é a sequência usada dentro da ONG para fazer o controle dos gastos. Foi apresentado que parte dos membros da FAS que trabalham na organização das finanças são voluntários. “Se tem dinheiro público, a gente tem que insistir na transparência. Não acho ético dentro da administração de contabilidade, que é pago pela Fundação, iniciar um trabalho de transparência”, disse o parlamentar.
Viana explicou que esse processo é comum em todas as empresas: primeiro, organizam de forma interna para, então, expor externamente. “Essa sequência que nós temos é o que todas as empresas têm. Alguém tem que organizar as contas internamente para poder apresentar ao externo. Nós seguimos as melhores práticas de gestão e contabilidade. A FAS é, sim, monitorada pelos órgãos de controle”, frisou Virgílio.
Critério
O parlamentar que também questionou o processo de audição foi o senador Mecias de Jesus (Republicanos/RR) e os critétios para escolha. Ele solicitou, inclusive, que o gestor da Fundação encaminhe os documentos de transparência para a CPI. Anteriormente, Viana detalhou que uma empresa independente faz o trabalho de forma voluntária para a FAS. “Ela se dispôs como parte de sua política de filantropia. É tudo quantificado”, ressaltou Virgílio.
“A empresa nos informa o valor e é publicado no balanço deles e no nosso. Eles avaliam as nossas práticas contábeis à luz do cumprimento da legislação vigente no Brasil. Se eles identificam alguma coisa do ponto de vista do trabalho, se a CLT está sendo observada… Eles analisam tudo. Qualquer sintoma de não conformidade, eles apontam a necessidade de melhora”, completou.
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