Varíola dos macacos: Sespa diz que espera vacina do Ministério da Saúde

Por enquanto, a secretaria descarta obrigatoriedade do uso de máscara

Camila Guimarães
fonte

Com a confirmação de um caso de varíola dos macacos (monkeypox) em Belém, além de dois casos suspeitos em outros municípios do Pará (um em Santarém e outro em Parauapebas), cresce o interesse da população pela vacina contra a doença, porém, o imunizante ainda não está disponível na rede pública nem na rede privada. A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) diz que a compra das vacinas é feita pelo Ministério da Saúde, mas o estado “avalia todos os cenários”.

VEJA MAIS

image Varíola dos Macacos: Belém tem primeiro caso confirmado do Pará
Informação foi confirmada pela Sespa. Paciente esteve no sudeste do Brasil e foi atendido numa UPA de Ananindeua

image Varíola dos macacos: Sespa diz que ainda não há transmissão comunitária no Pará
Até agora, Pará tem um caso confirmado (em Belém) e dois suspeitos (um em Parauapebas e outro em Santarém)

image Varíola dos macacos: Grande Belém tem sala de situação para montar estratégia contra a doença
“Se houver necessidade de internação, a gente está de prontidão para atender”, garante o diretor de Vigilância em Saúde da Sesma

De acordo com as últimas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil encomendou 50 mil doses de vacinas contra a varíola dos macacos. A compra foi feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma vez que a empresa dinamarquesa produtora da vacina não tem escritório no Brasil nem pretende abrir representação no país. As primeiras 20 mil doses devem chegar ao país em setembro e o restante, 30 mil, em outubro.

Até lá, especialistas em saúde orientam que as pessoas usem máscaras e zelem pela higienização das mãos para se prevenir contra a doença. A orientação foi reforçada pela infectologista Helena Brígido, diretora da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI) e professora de medicina da UFPA e Cesupa, em entrevista concedida ao O Liberal na última segunda-feira (1º): “uso de máscara e higienização frequente das mãos continuam sendo eficazes para a prevenção”.

Sobre o regime de utilização de máscaras no Estado, a Sespa informou que, até o momento, a obrigatoriedade do uso do item não está sendo proposta: “não foi orientado pelos Órgãos de Saúde a instituição do uso de máscaras como forma de mitigar a disseminação do vírus causador da monkeypox e não há previsão para novas determinações quanto ao o uso de máscara no Estado”, informa

image Varíola dos Macacos: medo gera corrida a clínicas de vacinação no Pará
Em Belém, as clínicas particulares não comercializam o imunizante contra a varíola comum, que é produzido de forma limitada. Doença foi erradicada há mais de 40 anos.

image Varíola dos Macacos: Ministério da Saúde divulga orientações para grávidas e lactantes
A preocupação com esse público é alta devido as consequências da varíola humana em gestantes

image Varíola dos macacos: viagens representam risco de transmissão da doença
Prevenção da monkeypox exige uso de máscara e higiene das mãos, garante infectologista

Histórico de casos suspeitos e confirmados

Na tarde da última segunda-feira (1º de agosto), a Sespa confirmou, por meio de nota, que o Pará tinha três casos suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox) em investigação: em Santarém (1), Parauapebas (1) e Ananindeua (1). Entretanto, este último, na verdade, tratava-se de um morador de Belém, que buscou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ananindeua no dia 23 de julho, caso que acabou sendo confirmado, posteriormente, como o primeiro paciente diagnosticado com varíola dos macacos no Pará.

Como o paciente (pessoa do sexo masculino, de 27 anos) é residente em Belém, o caso se tornou o primeiro da capital paraense. A Sespa informou, ainda, que o paciente tem histórico de viagem recente por São Paulo e Rio de Janeiro, e complementa: “O homem está em isolamento domiciliar, assim como seus contatos, sendo monitorado pela equipe de vigilância do município de Ananindeua [local onde ele deu entrada para atendimento médico]”.

image Médico alerta sobre contágio após flagrar infectado com varíola dos macacos em metrô na Europa
'O ​​homem entra no metrô completamente crivado de ferimentos da cabeça aos pés, incluindo as mãos', afirmou o profissional de saúde

image Varíola dos macacos: saiba como evitar pegar a doença
Manter hábitos de vida saudáveis, usar máscara e não estigmatizar pessoas infectadas fazem parte das principais formas de evitar a varíola dos macacos

image Varíola dos macacos: entenda como será a vacinação no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, as primeiras doses do imunizante contra a varíola dos macacos destinadas ao país deverão chegar em setembro

Ainda na segunda-feira (1º), um caso suspeito de monkeypox em Belém chegou a ser informado pela operadora de plano de saúde Unimed Prime. No entanto, a Sespa descartou o caso minutos depois, alegando que a paciente não se enquadrava nos critérios de suspeição da doença.

Saiba como se prevenir contra a varíola dos macacos

Especialistas explicam que a transmissão da doença acontece por meio do contato direto com secreções contaminadas pelo vírus causador da monkeypox. Essas secreções podem ser gotículas de saliva ou o material orgânico das lesões na pele que são sintomas da doença. O contato direto com a saliva ou com as lesões de pessoas doentes, bem como o contato indireto, por meio de superfícies e objetos contaminados, são meios de transmissão da doença.

image Varíola dos macacos: saiba quais são as formas de contágio da doença
As formas de contágio da doença são diversas, informou o infectologista Alessandre Guimarães, em uma live realizada na última sexta-feira (29) pelo Grupo Liberal

image Varíola dos macacos: OMS acerta ao pedir que gays reduzam o número de parceiros sexuais?
Partes dos especialistas avalia que a orientação foi correta. Outros temem leituras equivocadas

image Varíola dos Macacos: infectologista explica detalhes sobre a doença que tem preocupado o mundo
Primeira morte por monkeypox no Brasil foi confirmada na última sexta-feira, 29. Médico acredita que há subnotificação dos casos

Por essa razão, especialistas orientam que as pessoas usem máscara e lavem frequentemente as mãos. Ao apresentar sintomas suspeitos de monkeypox - febre, dor de cabeça, ínguas no pescoço e lesões na pele - a pessoa deve acionar autoridades em saúde e iniciar a quarentena.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ