Varíola dos Macacos: Ministério da Saúde divulga orientações para grávidas e lactantes

A preocupação com esse público é alta devido as consequências da varíola humana em gestantes

Carolina Mota
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O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (1º), uma nota técnica orientando gestantes, lactantes, puérperas e profissionais da saúde sobre como proceder a respeito do monkeypox, popularmente conhecido como varíola dos macacos.

Segundo o documento, há poucos estudos sobre a doença em pessoas grávidas. Entretanto, a preocupação com esse público é alta devido as consequências da varíola humana em gestantes.

“Os desfechos da infecção pelo vírus da varíola, que é do mesmo grupo (ortopoxvírus) do monkeypox, associavam-se ao aumento na morbidade e mortalidade materna e perinatal, com riscos maiores de abortamento espontâneo, morte fetal e parto pré-termo”, explicou a pasta.

Entre as recomendações, estão a de afastamento de pessoas com sintomas como febre e lesões de pele. O uso de preservativo em todos os tipos de relação sexual também é orientado, assim como a observação de lesões na área genital do parceiro. As informações são do Portal Metrópoles.

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Isolamento

O órgão recomenda que grávidas, puérperas e lactantes sem sintomas, mas com suspeita de exposição ao vírus, realizem teste contra a doença.

Caso o resultado seja positivo, o alerta é de isolamento domiciliar de 21 dias, sem visitas. A paciente deve monitorar a temperatura corporal e as lesões na pele, além de ser acompanhada pela equipe médica via teleatendimento. Se os casos forem moderados, graves ou críticos, a orientação é de procurar um hospital.

Escala de gravidade

A nota do Ministério da Saúde apresenta um escore de gravidade preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base no número de lesões na pele.

A infecção é considerada leve quando o paciente tem menos de 25 lesões. Se o número for de 25 a 99 feridas, o quadro é considerado moderado.

O paciente que tem entre 100 e 205 lesões está em estado grave. Há ainda os casos críticos, com mais de 250 lesões na pele.

Tratamento

A maioria dos casos de varíola dos macacos tem cura espontânea. No entanto, em alguns casos, pode haver necessidade de tratamento medicamentoso específico, principalmente em pacientes imunossuprimidos.

“Na maioria das vezes, só há indicação de uso de tratamento sintomático para febre e dor. Nos casos que apresentem lesões mais significativas, algumas medicações podem ser consideradas após avaliação médica. Em geral, as gestantes apresentam quadros leves e autolimitados da doença; nestas não há indicação de antecipar o parto”, informou a pasta.

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Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora do núcleo de política, Keila Ferreira

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