Varíola dos macacos: Instituto Evandro Chagas se torna referência no diagnóstico laboratorial
O IEC atende os casos suspeitos das Regiões Norte e Nordeste
O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde (MS), vem atendendo casos suspeitos de monkeypox (varíola dos macacos) dos estados do Pará, Amapá, Maranhão e Piauí, por isso, se tornou referência para diagnóstico laboratorial da doença nas Regiões Norte e Nordeste. O órgão recebe as amostras encaminhadas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) desses estados e é capaz de emitir os laudos em menos de 24 horas.
VEJA MAIS
O Plano de Contingência Nacional para Monkeypox do MS foi publicado na última sexta-feira (5) e aumentou de quatro para oito os centros de referência diagnóstica no Brasil. O documento, que deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidências científicas, visa reunir informações necessárias para a tomada de decisões dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).
Junto com o IEC, compõem a rede de referência do MS: o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz-RJ, o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais, Instituto Adolpho Lutz (Lacen-SP), Laboratório de Biologia Molecular do Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen-DF), Laboratório do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) e a Fiocruz do Estado do Amazonas, com a responsabilidade de apoiar os estados do Acre, Amazonas e Roraima na realização de exames.
O atual surto de varíola dos macacos já se apresenta como emergência de saúde pública com importância internacional. Por isso, o controle da doença tem sido prioridade para o Ministério da Saúde, que monitora e analisa a situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil.
O virologista e pesquisador da Seção de Virologia do IEC, Fernando Tavares, considera a criação de uma rede de diagnóstico laboratorial no Brasil de suma importância para a confirmação dos casos suspeitos com mais rapidez. “Aqui na Seção de Virologia nós fazemos todo o processamento do material, com extração do DNA viral e reação de PCR em tempo real. Se o material chegar aqui pela manhã, por exemplo, somos capazes de liberar o resultado no final da tarde”, explica. “O paciente já tem capacidade de disseminar o vírus. Então, quanto mais rápido a Secretaria de Saúde ou o Lacen tiver o resultado, mais rápido a equipe da vigilância epidemiológica vai conseguir atuar e isolar esse paciente, a fim de evitar que ele tenha contato com outras pessoas”, pontua o pesquisador.
O Instituto Evandro Chagas aguarda o envio das amostras de casos suspeitos encaminhadas pelos Lacen dos estados de sua abrangência.
Veja mais detalhes sobre a Varíola dos Macacos
• Prevenção
• Sintomas
• Tratamento
• Casos
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA