Vereadora de Ananindeua denuncia outro parlamentar por violência política
Ofensas e ameaças teriam durante agenda política teria motivado a ação e vídeo mostra o momento
A vereadora do município de Ananindeua Nice Ruffeil (PSDB), denunciou o também vereador e colega de partido Diego Alves (PSDB), por violência psicológica e política. O fato ocorreu no início deste mês durante uma agenda política no conjunto Júlia Seffer, onde o acusado direcionou ofensas e ameaças contra a parlamentar. A justiça concedeu uma medida protetiva para a vereadora e o caso segue em sigilo.
No depoimento registrado no processo, a vítima descreve que o acusado teria disparado ofensas e ameaças. “Eu vou acabar contigo. Eu vou te destruir. Você vai ver o que vai acontecer”, diz trecho do documento. Ela vê a atitude do parlamentar como uma violência política de gênero, isso porque ele teria o comportamento de a constranger em agendas onde ela está enquanto vereadora.
A medida protetiva estabelece que o acusado deve manter uma distância mínima de trezentos metros da requerente, assim como de seus familiares e amigos. Ele também fica proibido de estabelecer qualquer forma de contato com a vereadora e familiares. Essas e outras determinações devem ser cumpridas pelo acusado no prazo de seis meses.
O exercício do vereador na câmara municipal também é mencionado. “Quanto aos pedidos de proibição de o requerido frequentar a Câmara Municipal de Ananindeua em dias de
sessões legislativas, salvo mediante autorização judicial e de suspensão do porte de arma do requerido, caso possua, deixo para ser analisado pelo Juízo competente”, diz trecho da medida.
A reportagem de O Liberal procurou a vereadora para mais esclarecimentos, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
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Acusado
O parlamentar acusado falou à reportagem que não recebeu nenhuma intimação ou procedimento legal a respeito de uma acusação por parte da vereadora, mas afirma que também ouviu sobre a possibilidade de uma denúncia. Ele encaminhou o vídeo da ocasião onde os dois supostamente se desentenderam, momento que descreveu como uma “discussão normal e nada fora do comum”.
Na sua versão dos fatos, o diálogo teria sido menos acalorado e sobre acusações dela para ele. “A única coisa que mais aflorou foi quando a gente começou a falar, e eu falei que ia começar a fazer o que ela fala que eu faço, que é falar mal. Aí ela disse ‘tá vendo, tá me ameaçando’, aí eu me saí, que não era pra brigar, ela saiu, mas o teor da discussão foi esse”, explica o acusado.
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