‘Relação promíscua’, diz parlamentar sobre Marina Silva ser conselheira honorária do Ipam

Quem presta depoimento nesta terça é o diretor executivo da entidade, André Guimarães

O Liberal
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Durante nova reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) na Amazônia, a chamada “CPI das ONGs”, nesta terça-feira (17), parlamentares criticaram o fato de a ministra do Meio Ambiente do governo federal, Marina Silva, ser conselheira honorária do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), organização científica, não-governamental e sem fins lucrativos estabelecida em Belém.

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Quem presta depoimento nesta terça é o diretor executivo da entidade, André Guimarães. O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) questionou o depoente sobre a formação do conselho do Ipam, ao que o diretor respondeu que “o conselho do instituto é formado por pessoas que conhecem a área, sendo majoritariamente acadêmico, com cientistas”.

Nesse momento, o presidente da Comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM), questionou se a ministra Marina Silva faz parte do conselho, e André Guimarães explicou que ela não tem um cargo oficial, mas é homenageada como conselheira honorária.

“Você não acha promíscuo uma pessoa que ocupou um Ministério por mais de sete anos [em referência aos primeiros mandatos do presidente Lula] ser madrinha, mesmo não remunerada, mas que era titular da Pasta que cria políticas públicas para a área em que o Ipam atua?”, questionou o relator da CPI das ONGs, senador Marcio Bittar (União-AC).

“Para o Ipam, não há relação estranha em ter uma ministra por sete anos como membro honorária em uma entidade que recebe dinheiro fruto das políticas públicas que ajudou a estabelecer, como o Fundo Amazônia. Eu acho promíscua a relação. Acho que é uma relação promíscua porque vocês decidem o que fazem com o dinheiro da Noruega, que vem do Fundo Amazônia, e ao mesmo tempo estão no governo”, continuou o parlamentar.

André Guimarães explicou que a ministra Marina Silva deixou o governo federal em 2009, e o Fundo Amazônia foi iniciado em 2013. "Foi cinco anos depois, não houve favorecimento, ela não estava com a caneta, nem pilotando o Fundo Amazônia".

 

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