Liderança Agroindígena é a segunda convidada a depor na reunião da CPI das ONGs de hoje

Luciene Kujãesage Kayabi defendeu a autonomia dos indígenas e destacou que as organizações não governamentais privam as comunidades de direitos

O Liberal
fonte

Luciene Kujãesage Kayabi, liderança do movimento Agroindígena que atua como assistente jurídica nas relações de suas nações com entidades públicas e privadas, é a segunda convidada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das organizações não governamentais (ONGs) a depor nesta terça-feira (04). Ela começou seu discurso se apresentando e contando um pouco da realidade que viveu quando era criança.

Os relatos da depoente vieram após o conselheiro ambiental de Altamira, Marcelo Norkey, falar sobre a atuação das ONGs nas comunidades ribeirinhas do Pará e a degradação ambiental que não tem sido contida. Segundo ele, órgãos de fiscalização ambiental, como o  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), são os grandes responsáveis pelas altas taxas de desmatamento que são vistas na Amazônia. 

VEJA MAIS

image Órgão de fiscalização ambiental é apontado na CPI como responsável pelo desmatamento na Amazônia
O conselheiro Marcelo Norkey, de Altamira, município do Pará, afirmou que o Incra desenvolveu grandes taxas de desmatamento ilegal

image Paraense compara política ambiental das ONGs com ‘câmara de gás verde’ em CPI
Marcelo Norkey é o primeiro convidado da reunião a depor sobre a realidade da Amazônia

image 'As Ongs representam um poder paralelo', diz Zequinha Marinho sobre CPI das Ongs  
Em entrevista para O Liberal, o senador indicou quais os próximos passos da comissão de inquérito, que tem mais uma reunião antes do recesso de julho, sobre futuras audiências que serão realizadas em Altamira e Santarám, além de dar sua opinião sobre o trabalho das organizações não-governamentais na Amazônia.

Luciene afirmou que “as ONGs manipulam, do início ao fim, os sonhos dos povos indígenas de ser independente, e assim, eles desenvolvem as falácias de que vamos perder a cultura. Portanto, se nós não mudarmos a nossa mente e a forma de lutarmos de verdade pelos povos indígenas, não vamos estar fazendo nada pela vida deles, mas apoiando essas ONGs fazerem o que sempre fizeram, arrecadar dinheiro do exterior e do governo brasileiro”.

“Nós queremos plantar, viver da nossa terra, do nosso suor. Eu gostaria muito de entender essa complexidade mental, atrasada, que fala que agroindígena é veneno, que fala que agroindígena não vai trazer vida. A agroindígena que planta que coloca na mesa de vocês o pão de cada dia, que sustenta cada um de nós, é o que trouxe vida da humanidade. Nós nunca mais paramos de nos alimentar de produtos que vem do agro”, afirmou Luciene.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada no Senado Federal para investigar o repasse de verbas públicas e privadas às organizações não governamentais (ONGs) - incluindo recursos do Fundo Amazônia e dinheiro recebido do exterior. Ainda na pauta da sessão desta terça-feira (04), está Miguel dos Santos Correa, cacique da aldeia Bragança, localizada no município de Santarém, no estado do Pará

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA