'As Ongs representam um poder paralelo', diz Zequinha Marinho sobre CPI das Ongs
Em entrevista para O Liberal, o senador indicou quais os próximos passos da comissão de inquérito, que tem mais uma reunião antes do recesso de julho, sobre futuras audiências que serão realizadas em Altamira e Santarám, além de dar sua opinião sobre o trabalho das organizações não-governamentais na Amazônia.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das organizações não-governamentais (ONGs) foi instalada pelo Senado no último dia 14. A comissão composta de 11 senadores e presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) irá investigar os repasses de verba pública do governo federal para as Ongs e possíveis utilizações inadequadas dos valores. As primeiras oitivas ocorreram ao longo da semana, ouvindo principalmente lideranças indígenas de regiões onde Ongs atuam. O senador paraense Zequinha Marinho (Podemos) foi um dos 37 senadores que assinaram o pedido para abertura da CPI. Em entrevista para O Liberal, o senador indicou quais os próximos passos da comissão de inquérito, que tem mais uma reunião antes do recesso de julho, sobre futuras audiências que serão realizadas em Altamira e Santarém, além de dar sua opinião sobre o trabalho das organizações não-governamentais na Amazônia. “As Ongs representam um poder paralelo”.
Como avalia os primeiros debates da CPI das Ongs?
A CPI ainda está planejando a programação, mas começou a ouvir pessoas que consideramos importantes, como lideranças indígenas que tem envolvimento direto com Ongs e que tiveram experiências negativas e positivas, muito mais negativas é verdade, mas é uma experiência que precisa ser ouvida. Acredito que nos próximos dias delineamos uma agenda de programação com maior agilidade.
Por que uma CPI das Ongs na Amazônia?
As Ongs representam um poder paralelo muito forte, influenciam e articulam demais, muitas delas são politicamente contamidas por um ou outro setor ideológico, e não pdoe ser assim, não podemos deixar o país ser governado por setores que não tem interesse nas questões nacionais, o interesse deles é escuso muitas vezes. Temos que investigar de forma muito aprofundada.
O senhor é contra as ONGS?
Não, absolutamente não. Uma Ong é uma organização constituída por pessoas que querem ajudar na maioria das vezes. Mas, assim como em qualquer setor, tem os bons e os maus intencionados. Tem o joio, que ao invés de ajudar, atrapalha. Nós temos uma grande parte de Ongs assim na Amazônia, que não são do bem.
Qual a expectativa em torno das audiências da CPI que foram aprovadas para acontecer em Altamira e Santarém?
Aprovamos em requerimento e agora vamos tentar mobilizar o necessário para que as audiências ocorram nessas duas cidades, é toda uma estrutura que deve ser bem planejada. Altamira e Santarém são emblemáticas com relação ao trabalho das Ongs do mal, carregadas da questão ideológica. Achamos importante ouvir pessoas da população dessas cidadades. Queremos dar transparência para sociedade entender mais sobre o trabalho dessas Ongs nessas cidades.
O governo enviou representantes para a CPI. Como o senhor vê isso?
É interessante. A CPI é uma ferramenta, por via de regra, de oposição, mas ninguém está fazendo oposição ao governo. O foco é apurar o que se houve no dia a dia do trabalho das Ongs, o que elas cometem. Isso queremos apurar, nada contra o governo A ou B. O governo tem toda liberdade para indicar seus membros, nós temos vários também.
O que espera do trabalho da CPI? Quando serão as próximas reuniões?
Antes do recesso devemos ter mais uma reunião e esperamos aprovar uma agenda de trabalho que indique quais os procedimentos que devem ser colocados em prática e as próximas datas, assim como as coisas que devemos fazer e apurar ao longo de tudo, porque a todo momento surgem fatos novos e devemos dar atenção a tudo.
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