Pacheco afirma que Senado pode acabar com a reeleição no Executivo

Presidente da Casa diz que proposta vai ser debatida e defende discussão de PECs que limitam o poder do STF

O Liberal
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após participar da sessão especial em homenagem aos 35 anos da Constituição de 1988, nesta quinta-feira (5), disse não haver nenhuma crise entre os Poderes. Ele considera "ser natural e não constituir qualquer afronta ou enfrentamento ao Poder Judiciário, ou ao Supremo Tribunal Federal (STF)" debater alterações com relação aos tribunais superiores. O presidente do Senado disse que também “daqui a pouco” a Casa vai discutir o fim da reeleição no Executivo e que isso também não seria afronta a esse poder.

“Daqui a pouco vamos discutir o instituto da reeleição do Brasil, coincidências de eleições, eventualmente passar mandatos de quatro para cinco anos sem reeleição. São ideias postas que atingem o Poder Executivo, mas que também não são afronta ao Poder Executivo. São reflexões e deliberações, que é papel do Congresso fazer e aqui é a casa do povo e nós somos votados para isso. Somos os legítimos representantes da sociedade, que interessa ao Judiciário, que interessa ao Executivo, mas que são decididas no Legislativo”, disse Pacheco.

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Reforma eleitoral vai caminhar junto ao Código Eleitoral, diz Pacheco

Atualmente, os eleitores brasileiros votam para presidente, senador, governador e deputado federal em uma eleição e, 2 anos depois, votam para prefeito e vereador.

Sobre a reforma eleitoral aprovada na Câmara, mas que não avançou no Senado, não valendo para as eleições de 2024, o presidente do Senado defende que o tema seja discutido com conjunto ao Código Eleitoral, que também é debatido na Casa.

“Em relação à lei eleitoral, temos que juntar o código eleitoral e a minirreforma eleitoral e fazemos uma legislação única definitiva, perene para as eleições do Brasil. E esse é o trabalho que o senador Marcelo Castro (MD-PI) vai fazer nas próximas semanas para poder entregar um código eleitoral, que seja completo”, disse.

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Feliz ou infelizmente não vai ser possível aplicar na eleição de 2024. Mais na eleição de 2026 e sucessivamente, eu espero que o Congresso Nacional entregue uma lei definitiva em relação ao código eleitoral brasileiro”, completou.

PEC limita mandato dos ministros do Supremo

No mesmo dia, na quarta-feira (4), em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC 8/2021) que limita as decisões monocráticas nos tribunais superiores, foi protocolada no Senado a PEC 51/2023, que restringe a 15 anos os mandatos dos ministros do STF.

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Proposta estabelece mandado de 8 anos para ministros do Supremo

A PEC 8/2021, segundo disse nesta quinta-feira o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), não deverá ser levada ao Plenário do Senado nas próximas semanas.

A proposta impede que uma decisão monocrática de um ministro do STF suspenda a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda ato dos presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional.

É preciso explicar um pouco melhor. Porque essa PEC está restrita especificamente à Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre leis que tenham sido votadas nas duas Casas, e sancionadas pelo presidente da República. Não é não fazer liminar em todos os casos”, afirmou o líder do governo.

Para o senador Randolfe Rodrigues, que é líder do governo no Congresso, as PECs que avançam sobre atribuições da Suprema Corte, tanto na Câmara, como no Senado, não têm votos para serem aprovadas.

Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirma que a PEC 8/2021 deve ser votada o mais rápido possível no Plenário. Ele enfatizou que “um só ministro não pode tomar uma decisão sem levar para o colegiado”.

“Nada contra nenhuma outra instituição, absolutamente. É apenas a favor do Parlamento, a favor das prerrogativas do Congresso Nacional”, afirmou Girão.

“Então, quando se fala nessa pauta que interessa o Poder Judiciário, como é das decisões monocráticas que foi aprovada na Comissão de Constituição e a própria discussão sobre o tempo fixo de mandato de ministro do Supremo Tribunal Federal, basta identificar as ideias individualizadas. É interessante termos uma regulação com relação às decisões democráticas, para que o mais sagrado do Supremo, que é a sua colegialidade, [possa] prevalecer. Não é nada irracional”, disse Pacheco.

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