MP Eleitoral do Paraná pede cassação do mandato do senador Sérgio Moro; entenda
Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu parecer que também defende a inelegibilidade de Moro e do suplente Luís Felipe Cunha
A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, em parecer assinado pelos procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, se manifestou pelo acolhimento parcial de uma ação eleitoral contra o senador Sérgio Moro (União Brasil) por abuso de poder econômico e defendeu a cassação do mandato do ex-juiz da Lava Jato. O processo aponta gastos de Moro que somam R$ 2 milhões durante a pré-campanha de 2022, com despesas como a compra de um carro blindado e gastos com segurança. O senador afirma que esses gastos não tiveram impacto na campanha.
No parecer, o Ministério Público Eleitoral também defende a inelegibilidade de Moro e do suplente Luís Felipe Cunha. O órgão descartou, porém, as acusações de que a chapa do senador tivesse feito uso de caixa dois.
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A pré-campanha do ex-juiz começou a ser investigada após ações protocolados pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) que apontam uma suposta vantagem indevida na disputa pelo Senado. O caso está sendo analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), e o relator é o juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza. A expectativa é de que ele divulgue seu voto em janeiro. Em seguida, a ação será julgada pelo plenário da Corte.
Em nota, o senador Sergio Moro discordou do parecer da Procuradoria Eleitoral e disse acreditar na improcedência da ação. "Respeito, mas discordo do parecer, na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais. A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá".
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