MDB prepara ações e filme para combater narrativa do PT sobre impeachment de Dilma
Documentário sobre os 60 anos da legenda vai defender a administração do Michel Temer
O MDB está se preparando para combater a narrativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, que afirmam que a ex-presidente Dilma Rousseff foi vítima de um golpe. A legenda de Michel Temer, que assumiu o Palácio do Planalto após o impeachment da petista, iniciou uma estratégia para defender o que considera seu legado, rebater ataques de "fogo amigo" e posicionar a ministra do Planejamento, Simone Tebet, como presidenciável em 2026.
Em uma das ações, o MDB articula a produção de um documentário sobre os 60 anos da legenda - a efeméride é em 2026 - que pretende defender a administração do emedebista. A Fundação Ulysses Guimarães prefere ampliar o roteiro e incluir o governo José Sarney e a Constituinte. Além disso, a fundação está preparando um documento elaborado por economistas sobre as "conquistas" do governo Temer, como a reforma trabalhista e o teto de gastos, e outro com advogados que farão a defesa jurídica do impeachment.
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O MDB também não deixará sem resposta nas redes sociais nenhuma crítica à gestão Temer. "Temos uma história de serviços prestados ao povo e aprovados nas urnas pelo voto direto. Por isso, temos de reforçar e lembrar nossa história sempre, principalmente quando todos são alvo de fake news", disse o deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do partido.
Com três ministérios importantes no governo Lula (Planejamento, Transportes e Cidades) e dono de uma bancada de 42 deputados e dez senadores, o MDB se tornou um aliado central para o Planalto. No entanto, a relação com o governo enfrenta desgaste. Em janeiro, durante visita oficial ao Uruguai, Lula chamou Temer de "golpista". Em resposta, Temer disse que o petista tenta de "reescrever a história por meio de narrativas ideológicas".
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