PT aprova alianças com quem apoiou o impeachment de Dilma
Mesmo que Lula apareça à frente nas pesquisas, partido quer evitar o ‘já ganhou’, segundo dirigentes
A vontade de voltar ao poder do pré-candidato Lula e de seu partido, o PT, fez a cúpula da legenda aprovar, na quinta-feira, 24, uma ampla política de alianças, que ultrapassa as fronteiras de esquerda, incluindo siglas que apoiaram o afastamento da então presidente Dilma Rousseff. A ideia é reunir o máximo de alianças para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da Agência Estado.
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A decisão da cúpula do PT leva em conta siglas que estejam se opondo ao governo de Jair Bolsonaro, mas não somente isso, agora as alianças podem abarcar nos Estados até mesmo partidos que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016, como o MDB, o PSD e o PSDB.
Crescimento de Bolsonaro
Dirigentes do partido querem que Lula tenha um calendário de atividades nas ruas o quanto antes, o que mostra preocupação com o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja favorito nas intenções de voto. A ordem é evitar o clima de "já ganhou".
A decisão sobre a política de alianças foi tomada em reunião do Diretório Nacional do PT um dia depois de o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se filiar ao PSB, dando o primeiro passo para ser vice na chapa de Lula.
Não é a primeira vez, porém, que o PT aprova alianças com partidos que votaram a favor do impeachment de Dilma. A estratégia já foi adotada na eleição presidencial de 2018 e na disputa municipal de 2020, quando os petistas diziam ser necessário sair do isolamento e reconquistar o espaço perdido.
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