Ex-comandante da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira fica em silêncio na CPMI do 8 de Janeiro
Ele comandava a PM do Distrito Federal durante os ataques de 8 de janeiro e foi preso por suspeita de omissão
Convocado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos que resultaram na depredação dos edifícios-sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, o coronel Fábio Augusto Vieira decidiu não responder perguntas dos parlamentares membros do colegiado. Ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), era ele quem comandava a instituição no dia dos ataques.
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Fábio Vieira foi preso dois dias da invasão às sedes dos três poderes, por suposta omissão no dia das manifestações. Ele teve a prisão revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 3 de fevereiro, mas voltou a ser detido no dia 18 deste mês, durante uma operação da Polícia Federal (PF) contra suspeitos de omissão no impedimento dos atos do 8 de Janeiro.
Na breve fala inicial, o coronel informou que não responderia os questionamentos dos senadores e deputados, por orientação da defesa técnica, que decidiu pela medida "até o acesso à íntegra dos autos e a apresentação da defesa com todos os esclarecimentos para cada um dos fatos que me são imputados”.
O ex-comandante foi autorizado a ficar em silêncio por decisão do ministro Cristiano Zanin, do STF.
Em sua fala inicial, ele também negou ter compactuado com ataques ao Estado Democrático de Direito e afirmou ter ficado "consternado ao ver vândalos, verdadeiros terroristas, depredando prédios públicos, patrimônios históricos e atacando instituições do nosso país que sempre protegi com muita dedicação”. Vieira argumentou não era sua responsabilidade direta o comando tático e operacional da PM no 8 de Janeiro.
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