De aborto a investigação contra Bolsonaro: saiba quais casos Dino pode herdar se entrar no STF
A sabatina pelo nome do ministro de Justiça e Segurança Pública no Senado será realizada no próximo dia 13 de dezembro
Caso seja escolhido para ocupar a última cadeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, poderá herdar 346 ações da ministra aposentada Rosa Weber. A sabatina no Senado será realizada no próximo dia 13 de dezembro.
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Entre os processos que podem cair nas mãos de Dino está uma petição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, pedindo investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Há também a avaliação da constitucionalidade do indulto natalino e uma ação que pode equiparar o aborto a homicídio qualificado.
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública também poderá ser relator da ação direta de inconstitucionalidade que considera assédio contra a imprensa o acúmulo de processos simultâneos contra um mesmo jornalista.
Aborto
Como Weber deu seu voto antes de se aposentar, Dino não poderá votar na ação sobre a descriminalização do aborto. Mas deve ser relator de um processo que pode equiparar o aborto ao crime de homicídio qualificado. A ação foi um pedido do Partido Liberal (PL), que considera as atuais penas da legislação como insuficientes em relação a outros crimes contra a vida, como roubo seguido de morte, o chamado latrocínio.
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Pelo atual Código Penal, fica prevista prisão de um a 10 anos em situações de aborto, sendo mais grave os casos sem consentimento. Os integrantes do PL querem que a pena seja de 12 a 30 anos, como homicídio qualificado.
Bolsonaro
Outra pauta que deve ser herdada por Dino envolve a CPI da Pandemia da Covid-19, que pediu ao STF que investigasse Jair Bolsonaro e outros agentes públicos por incitação ao não uso de máscaras, aglomeração e realização de tratamentos ineficazes para combater o vírus.
A ação também pede o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP), Beatriz Kicis (PL-FF), Osmar Terra (MDB-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e Carlos Jordy (PL-RJ) e do ex-ministro Onyx Lorenzoni.
Indulto e assédio
O recurso extraordinário sobre o indulto natalino vai julgar se o presidente da República pode perdoar pessoas condenadas a mais de cinco anos de prisão. O recurso é ligado ao caso concreto de uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que manteve indulto natalino a um homem condenado a quatro anos e quatro meses de prisão.
Já o caso do assédio judicial contra jornalistas é uma ação direta de inconstitucionalidade da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) na defesa de que a pulverização da distribuição de diversas ações de reparação de danos contra um mesmo jornalista evidencia assédio judicial.
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