Nos EUA, direito ao aborto e regulamentação da maconha são aprovados em Ohio

Estado proibia qualquer interrupção na gravidez mesmo em casos de estupro e incesto

Carolina Mota

Na última terça-feira (07), eleitores de Ohio conseguiram aprovar o direito ao aborto na Constituição do estado por meio de uma emenda, com 55% dos votos. No plebiscito, a regulamentação da maconha também foi aprovada. Com isso, Ohio se une ao grupo de sete estados (progressistas e conservadores) que possuem na constituição o direito à interrupção da gravidez.

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A um ano das eleições presidenciais americanas, as aprovações são consideradas vitórias para os democratas, mesmo que o estado seja governado por republicanos, o que pode dar um "norte" sobre as intenções de voto na região. O presidente americano Joe Biden, candidato à reeleição, celebrou o resultado e aproveitou a oportunidade para pedir doações para a campanha. "Esta noite a democracia venceu, e os trumpistas perderam. Os eleitores votam. As pesquisas não. Agora vamos vencer no próximo ano", escreveu.

Conquista

A notícia foi celebrada por ativistas pró aborto, no entanto, a coalizão antiaborto anunciou que os seus integrantes estão com o "coração partido".  

Em junho do ano passado, a Suprema Corte dos EUA decretou o fim do direito ao aborto, cujo estado adotou medidas para não somente proibir, como ainda impedir a realização do procedimento em qualquer caso, inclusive os de estupro e incesto.

Agora, a emenda aprovada na terça-feira dá a qualquer pessoa "o direito de tomar e executar suas próprias decisões" sobre aborto, contracepção, tratamentos de fertilidade e cuidados de aborto espontâneo.

Desde a decisão da Suprema Corte, a questão recaiu sobre os estados. Muitos restringiram ou proibiram o direito ao aborto, enquanto outros reforçaram suas garantias constitucionais. O tema provoca uma grande mobilização entre os americanos, e até eleitores que não se identificam como progressistas consideram radicais proibições decretadas por alguns estados.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com

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