CPMI ouve general que era chefe do Quartel em Brasília onde manifestantes acamparam após as eleições
Depoimento do general Gustavo Henrique Dutra começou na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, Exército usou uma estratégia "indireta" para desmobilizar grupo e ela foi "adequada"
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques aos prédios públicos ocorridos em Brasília em 8 de janeiro ouve, nesta quinta-feira (14), o general Gustavo Henrique Dutra. Chefe do Comando Militar do Planalto durante os ataques de 8 de janeiro, ele era responsável pelo Quartel General do Exército em Brasília durante os acampamentos montados por após as eleições de 2022 por manifestantes contrários ao resultado das urnas.
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O depoimento do general Dutra começou na manhã desta quinta. Segundo ele, o Exército usou uma estratégia "indireta" para desmobilizar o grupo. Para o militar, essa estratégia foi "adequada".
Parte dos manifestantes radicais que estavam no acampamento participou das invasões às sedes dos três poderes, no dia 8 de janeiro. Muitos invasores também retornaram para o acampamento depois dos ataques.
De acordo com o general Dutra, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinando a dissolução do acampamento e a prisão em flagrante dos golpistas em até 24 horas saiu às 21h, mas só foi cumprida no dia seguinte por causa dos riscos de realizar a operação durante a noite. Ele afirma que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a situação e teve a anuência de Lula para desmobilizar o acampamento apenas no dia 9 de janeiro.
"Em nenhum momento houve obstrução ao cumprimento da ordem judicial do STF para desmobilização do acampamento em frente ao QG do Exército ou em qualquer outra unidade do Exército Brasileiro", afirma.
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