PM agredida no 8 de janeiro diz à CPMI que invasores estavam 'organizados'
Marcela Pinno chegou a ser atirada de uma das cúpulas do Congresso Nacional enquanto tentava conter os invasores
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro ouve, nesta terça-feira (12), a cabo da Polícia Militar do Distrito Federal Marcela Pinno, que foi agredida por manifestantes no dia da invasão às sedes dos três poderes, em Brasília. Na ocasião, ela foi atirada de uma das cúpulas do Congresso Nacional enquanto tentava conter os invasores.
"Jamais, nesses quatro anos de atuação, estive diante de tamanha agressividade como foi em 8 de janeiro", declarou, em seu depoimento.
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Durante a reunião do colegiado, foi exibida uma foto que mostrava como ficou o capacete da PM após a operação. Marcela era soldado nos atos de 8 de janeiro, mas foi promovida a cabo em maio pelo governo do Distrito Federal, como "resultado de um ato de bravura", conforme justificativa para a promoção.
“Foi um dos confrontos mais violentos que tivemos. Eles [comandantes] ordenaram que posicionássemos a tropa na cúpula. No momento que começamos o posicionamento, os manifestantes começaram a nos cercar na N1", relatou a policial.
"Um coquetel molotov chegou a bater no meu escudo, mas ele falhou. Fomos jogados, empurrados mesmo, do alto da cúpula. Eu caio de 3 metros de altura e, depois, consigo retornar pela lateral do Congresso”, continuou.
Na avaliação da cabo, os invasores estavam "organizados" e "provavelmente foram orientados". Mas disse não ser capaz de avaliar se houve omissão ou falhas na atuação da PMDF para conter os atos.
"Só tive acesso aos policias que estavam ao meu lado. […] Posso dizer da minha tropa, nós temos treinamento para estar posicionados do jeito que estávamos. Não posso falar de outras tropas”.
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