CPMI do 8 de janeiro aprova quebra de sigilos de Zambelli e Delgatti e reconvocação de Mauro Cid
Em depoimento à comissão na semana passada, o hacker Delgatti Neto apontou Zambelli como responsável por ordenar uma invasão a sistemas do Judiciário
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro aprovou, na manhã desta quinta-feira (24), requerimentos que pedem a quebra de sigilos bancário e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto, bem como a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Em depoimento à comissão na semana passada, o hacker Delgatti Neto apontou Zambelli como responsável por ordenar uma invasão a sistemas do Judiciário. Ela também teria intermediado uma reunião entre Delgatti e o Bolsonaro, onde foi discutido como seria possível fraudar o código-fonte das urnas eletrônicas, ainda segundo as declarações do hacker.
Aliados de Bolsonaro eram contra a quebra de sigilos bancário e telemático da parlamentar e queriam apenas a convocação dela, mas o requerimento foi pautado pelo presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA).
Mauro Cid
Mauro Cid já foi chamado a depor para explicar, principalmente, as mensagens encontradas em seu celular com teor golpista. Porém, na ocasião, ele decidiu ficar em silêncio. Integrantes da Comissão passaram a defender que ele preste um novo depoimento depois que surgiram informações de que Cid teria atuado para tentar vender joias recebidas pelo governo brasileiro em viagens oficiais.
O militar precisará acionar mais uma vez o STF caso não queira novamente responder aos questionamentos dos parlamentares.
Novos depoimentos
Nesta quinta-feira, a CPMI ouve o depoimento do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Ele é um dos suspeitos de participar do suposto esquema que adulterou dados de vacinação do ex-presidente e auxiliares.
Luís Marcos dos Reis está preso desde a operação contra grupo acusado de falsificação de cartões de vacina de Bolsonaro, familiares do ex-presidente e assessores, realizada em maio.
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