Contas do exercício fiscal de 2022 da Unimed Belém são aprovadas por cooperados
Aprovação, segundo advogada da diretoria executiva afastada em janeiro, mostra que não houve cometimento de falta grave por parte do grupo
Uma nova Assembleia Geral de cooperados, realizada no último sábado, 25, que aprovou as contas do exercício fiscal do ano passado, pode, mais uma vez, mudar o rumo das coisas na Unimed Belém. Recentemente, o plano de saúde empossou uma nova diretoria executiva, eleita depois que a diretoria anterior, composta pelos diretores Antônio Travessa, Sandra Leite, Alberto Anijar, Robson Tadashi e Elaine Figueiredo, foi destituída, ainda em janeiro, sob justificativa de cometimento de faltas graves, sobretudo no campo financeiro.
No entanto, desde que a diretoria anterior foi afastada, começou uma batalha jurídica, pois a defesa da parte destituída alega que várias irregularidades foram cometidas desde a Assembleia Geral que marcou o afastamento dos diretores citados e os passos posteriores, como a própria eleição de uma nova diretoria, o que ocorreu no último dia 4 de março.
Segundo a advogada dos diretores destituídos, Hannah Bibas Maradei, anualmente, é realizada uma Assembleia Geral Ordinária para aprovação das contas do exercício anterior e há uma obrigatoriedade ditada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), que regula o setor, de que uma auditoria externa faça a análise da prestação de contas dos planos de saúde. De acordo com Hannah, essa auditoria faz análise da contabilidade apresentada e dá o seu parecer, que, nesse caso, foi favorável à prestação de contas. “Baseados no parecer da auditoria externa e independente, os cooperados aprovaram as contas sem ressalvas. Isso é prova cabal da inexistência das acusações irresponsáveis do relatório de motivos graves que originou tudo isso e que dá um indicativo forte de como deverão ser julgadas as ações e demonstra a total parcialidade do conselho fiscal”, destacou a advogada.
Além disso, a defensora aponta que o balanço apresentado mostrou uma redução de 88% das dívidas que a cooperativa possuía, o que é “um resultado econômico-financeiro importante para a cooperativa, demonstrando que, na verdade, não houve nenhum indicador ou falta grave que justificasse a conduta do conselho fiscal, o qual apresentou, nessa mesma assembleia, um relatório pela reprovação das contas, mas elas foram aprovadas pela grande maioria dos cooperados, com uma recuperação provada e expressa de 88%”, completou ela, acrescentando que os diretores destituídos seguem respondendo processo administrativo e que se, ao final, não ficar provada a ocorrência de nenhuma falta grave, eles poderão ser restituídos aos cargos.
Em nota, a atual diretoria da Unimed Belém afirmou apenas que “trata-se de atos dos cooperados inerentes às funções da Unimed Belém”.
Afastamento - A então diretoria executiva da Unimed Belém foi destituída no último dia 22 de janeiro, por meio de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Segundo a advogada dos diretores Antônio Travessa, Sandra Leite, Alberto Anijar, Robson Tadashi e Elaine Figueiredo, Hannah Bibas Maradei, no entanto, a AGE apresentou uma série de irregularidades e, por isso, a defesa entrou com uma ação judicial pedindo a suspensão dos efeitos da AGE e solicitando o prosseguimento dos trâmites previstos no regimento interno da entidade, que teria sido violado com a realização de Assembleia Geral e votação de destituição antes que os processos administrativos a que os diretores já estavam respondendo fossem concluídos. Depois disso, a diretoria interina convocou uma nova Assembleia, que chegou a ser suspensa por medida judicial, para eleição de nova diretoria. Depois de um vai e vem da Justiça, a eleição ocorreu no último dia 4 de março, quando a chapa “Avante Unimed”, composta pelos médicos Liane Rodrigues, Eduardo Carvalho, Áurea Nunes e Katsuro Harada, saiu vitoriosa.
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