Dra. Liane Rodrigues é eleita diretora-geral da Unimed Belém

Médicos cooperados da Unimed Belém elegeram Dra. Liane Rodrigues como diretora-geral para exercer o mandato complementar referente ao período 2023-2025. A vitória ocorreu após 9 horas de votação neste sábado (4), durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no Hotel Sagres, na capital paraense, convocada pelo Conselho de Administração da rede hospitalar.

"Estamos comprometidos em trabalhar e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a nossa cooperativa seja um modelo de excelência, ética e responsabilidade social", disse a eleita, que é médica titulada em Pediatria / Terapia Intensiva, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pediátrico da Unimed Belém e cooperada da entidade desde 2001.

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Três chapas concorreram no pleito: Chapa 1: Avante Unimed, composta pela atual presidente interina, Dra. Liane Rodrigues; Chapa 2: Direx Profissional, com o Dr. Isamu Komatsu; e a Chapa 3: Dignidade, com o candidato Dr. Vasco Fernando Vieira.

Apenas 973 dos 1.949 cooperados compareceram à eleição. Do total de votos apurados, a Chapa 1 recebeu 637 (65,47%); a Chapa 2, 262 (26,93%); e a Chapa 3, 71 (7,3%). Foram apenas 03 (0,31%) votos brancos.

Disputa pelo diretoria

A administração da Unimed Belém está em disputa desde o início do ano. Em 22 de janeiro, uma AGE conduzida pelo Conselho Fiscal votou pela destituição de Antônio Travessa, Sandra Leite, Alberto Anijar, Robson Tadashi e Elaine Figueiredo de seus cargos na diretoria executiva sob a alegação de que o grupo não estaria resolvendo os problemas financeiros da entidade, além de que haveriam irregularidades na entrega de imóveis, nos altos valores pagos e na nomeação de uma colaboradora.

Após ter acesso a ata da reunião, a defesa dos então diretores conseguiu uma liminar na 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém expedida no dia 6 de fevereiro, o que garantiu a recondução aos cargos. Porém em 8 de fevereiro, a desembargadora Maria Filomena Buarque suspendeu a medida, sendo assim, a diretoria interina reassumiu até a nova eleição.

Na última sexta-feira (3), três médicos cooperados conseguiram uma liminar na 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém para suspender o edital de convocação da AGE, porém horas mais tarde o agravo de instrumento interposto por representantes da diretoria interina da cooperativa foi deferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) e o pleito ocorreu normalmente.

Contudo, o conflito na cooperativa ainda não está sanado. A advogada Hannah Bibas Maradei, que representa a diretoria destituída, explica que todas as decisões tomadas até então são provisórias, visto que ainda não houve análise do mérito do processo que questiona a AGE realizada em janeiro. Dessa forma, caso o pleito dos então diretores seja acatado, todas as demais ações tomadas, inclusive a eleição serão consideradas nulas.

“Todos os atos praticados até aqui estão sub judice, de modo que todas as medidas e recursos cabíveis serão regularmente utilizados para combater as ilegalidades existentes, inclusive porque três juízes diferentes já reconheceram essas ilegalidades. Existe recurso pendente de análise e o processo está pendente de sentença também. Se provado que houve nulidade, tudo que aconteceu depois da AGE é abrangido”, pontua a advogada.