Ações desenvolvidas pelo Pará buscam liderança em economia sustentável
Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo Lideral, Helder Barbalho destacou os planos desenvolvidos para reduzir o desmatamento e promover o protagonismo da Amazônia; debates foram levado para evento em Londres
O Pará está empenhado em buscar uma posição de liderança na economia sustentável. Para isso, política de mudanças climáticas, redução do desmatamento, planos de bioeconomia e concessões para o mercado privado atuar em unidades de conservação fazem parte das ações destacadas pelo governador do estado, Helder Barbalho, em entrevista exclusiva concedida ao Grupo Liberal. As discussões também foram levadas ao LIDE Brazil Conference, evento que ocorreu em Londres, na Inglaterra, na última quinta (20) e sexta-feira (21).
O chefe do Executivo estadual representou o Pará e o Consórcio de Governadores da Amazônia no encontro. Além de liderar um painel sobre meio ambiente e o posicionamento do Brasil, apresentando as ações realizadas para preservação e regeneração do bioma amazônico, Helder também dialogou a respeito da bioeconomia como forma de promover o desenvolvimento sustentável na região. “O Pará tem buscado liderar, primeiro reduzindo o desmatamento. É o estado que mais reduz o desmatamento em todo o Brasil”, ressaltou.
“E, ainda, um plano de restauro, permitindo uma agenda importante, que este ano já estará viabilizando concessões para o chamamento da participação do mercado privado para unidades de conservação e, também, inovando com a criação de unidades de restauro, além da construção de seu sistema jurisdicional, que permitirá com que o Pará possa ter estabelecido as regras do mercado regulado de carbono e, consequentemente, apoiar essa atividade fundamental”, frisou Helder.
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O objetivo das ações é viabilizar um olhar que possa conciliar economia sustentável, meio ambiente e pessoas que moram no Pará e na Amazônia. Portanto, o governador afirma que reforçar ações de combate às ilegalidades, controle e monitoramento de forma efetiva para reduzir desmatamento e queimadas fazem parte das prioridades. “Por outro lado, construir a transição do uso do solo, alternativas do uso da floresta, aproveitar a biodiversidade para fazer dela a bioeconomia, criando empregos verdes…”.
“Fazendo com que todo o conhecimento, através de pesquisa, ciência e inovação conciliem com os saberes da floresta, dos nossos ancestrais e, acima de tudo, o aperfeiçoamento, para que possamos desdobrar uma cadeia extraordinária que pode gerar dividendos, receita e oportunidades, fazendo com que essa nova economia seja a nova vocação do estado do Pará. O LIDE é um ambiente que reúne gente que ama o Brasil, que acredita nesse país e que deseja discutir e debater soluções para a construção de uma sociedade melhor”, completa.
Mercado de carbono
Outra questão levantada por Helder Barbalho é a regulação do mercado de crédito de carbono. De acordo com ele, transformar o recursos em uma nova commodity também está entre no plano de ação para o Pará. “Fiz o apelo aqui que o Congresso Nacional possa debruçar-se sobre esse tema, para preparar o arcabouço legal para que, floresta em pé e captura de carbono, possam gerar um mercado importante, que transforme a floresta viva em uma nova commodity”.
“E, consequentemente, nós possamos virar a chave, transformando floresta viva em algo que tem valor, valor para a vida e, também, valor financeiro. Isto representa um chamamento aos povos tradicionais e às comunidades locais, para que todos possam enxergar a floresta como um importante e o mais relevante ativo ambiental econômico e, acima de tudo, olhando pelas pessoas”, finaliza.
LIDE
O evento reuniu autoridades, empresários e investidores brasileiros e britânicos para debater o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, além de novas oportunidades de investimentos em setores fundamentais da economia, como agricultura, indústria e serviços. A pauta ambiental também esteve em destaque.
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