Helder Barbalho destaca ações de bioeconomia no Pará durante LIDE Brazil Conference em Londres
Evento debate economia, desenvolvimento social, meio ambiente e agronegócio
O governador do Pará, Helder Barbalho, está em Londres, na Inglaterra, participando do LIDE Brazil Conference, evento que debate economia, desenvolvimento social, meio ambiente e agronegócio. A programação começou nesta quinta-feira (20), e continua nesta sexta-feira (21). Além de Helder, o evento conta com a participação dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e do senador Rodrigo Pacheco (presidente do Congresso Nacional).
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), também participam dos debates, que conta ainda com autoridades europeias e 300 empresários e investidores.
Helder fez um pronunciamento na manhã desta quinta-feira, onde falou sobre os desafios dos estados da Amazônia. "Na condição de governador, mas também na condição de presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia, que reúne os nove estados da região, temos buscado construir uma nova visão de comportamento da sociedade, do uso do solo em nossa região. Não é algo simples, em se tratando de uma região que há poucas décadas viu-se estimulada a ocupar o território mediante a ocupação da terra, gerando migração, gerando investimentos, impulsionando a partir do uso da terra com antropização, com a implementação de agricultura, pecuária", declarou.
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Ele lembrou que o Pará tem o segundo maior rebanho bovino do Brasil e o maior bubalino, é líder em diversas atividades na agricultura, como açaí, cacau e dendê, e se tornou a principal província minerária do Brasil, ultrapassando Minas Gerais no minério de ferrro. "Este mesmo estado, com tantas vocações do uso extrativo, também é um estado que possui 70% do seu território preservado".
"Mesmo que tardiamente, temos buscado fazer um chamamento à sociedade amazônida, à sociedade paraense e à sociedade brasileira, de que é possível construir esta transição a partir de um novo olhar, em que possamos conciliar o momento em que a sustentabilidade ambiental dialogue com a sustentabilidade econômica e com a sustentabilidade social", completou o governador.
Helder Barbalho observou ainda que a Amazônia detém uma população de 29,6 milhões de pessoas que precisam de emprego e de renda. "Nós não propomos que o Pará deixe de ser protagonista na pecuária ou agricultura. Apenas propormos que possamos deixar a lógica da extensividade na produção e passarmos para a intensividade", ressaltou.
De acordo com o governador, o Pará alavancou o número de cabeças de gados de 23 para 26 milhões, saindo do quarto para o segundo lugar no Brasil em produção. Ao mesmo tempo, diminuiu o destamatameneto de 2021 para 2022 em 21%.
"Temos buscado propor a integração lavoura, pecuária, floresta, para que possamos implementar novas atividades no agro no nosso estado, viabilizando particularmente cultivos que não apenas geram renda, emprego e ocupação, mas também que possam gerar oportunidade de captura de carbono".
O governador Helder Barbalho voltou a defender a importância da produção de bioeconomia na Amazônia e destacou o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, segundo ele, construído a partir da escuta aos povos tradicionais. O plano estima a alavancagem de 120 bilhões de dólares em negócios.
"Se olharem as janelas de oportunidades globais, perceberão o quando a bioeconomia é a agenda que permitirá que o mundo possa dialogar com os negócios, mas acima de tudo com sua biodiversidade. Sendo o Brasil o país com a maior biodiversidade tropical do planeta, não podemos perdê-la".
Helder Barbalho destacou também o Plano de Concessão de Unidades de Conservação e anunciou que, ainda este ano, o Pará vai disponibilizar ao mercado três unidades de conservação, convocando a iniciativa privada, "para que a partir dessas concessões, possamos estar atuando em PPPs (parceria público privada), em concessões, em algo em torno de 4,2 milhões de hectares de floretas em nosso estado", disse Helder, que defendeu também a construção do marco legal do mercado de carbono regulado no Brasil.
"Estamos assistindo o mercado voluntário e o Brasil precisa ter as bases legais que possam sustentar para que o mercado regulado possa alicerçar essa que certamente será a maior e mais importante política a aliar floresta viva, floresta em pé, que possam, a partir da sua valorização, monetização, conciliar todos os atores envolvidos. Teremos desde os interesses do produtor rural, a uma comunidade quilombola, comunidade indígena", completou Helder.
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