'A porta que Deus abre, filho do capeta nenhum tira', dispara vereador de Belém cassado pelo TRE
Cota de gênero: Zeca do Barreiro diz que quem o criticou 'tem que ser homem para falar na cara dos vereadores' e que 'não vão entrar no tapetão'
Durante a sessão desta terça-feira (22), na Câmara Municipal de Belém, o vereador Zeca do Barreiro (Avante) fez um pronunciamento sobre o processo que resultou na cassação do mandato dele, pela Justiça Eleitoral. Zeca começou agradecendo o apoio dos colegas vereadores que estiveram com ele ou enviaram mensagem e destacou os 5.778 votos que teve. “Não vão entrar no tapetão”, disparou.
Em seguida, sem citar nomes, declarou: “A porta que Deus abre, filho do capeta nenhum tira. A pessoa tem que ser homem para falar na cara dos vereadores aqui, não só usar a mídia social. Mas um dia Deus cobra tudo isso. Nosso mandato está nas mãos de Deus, se ele quiser que a gente continue, vamos continuar, vamos recorrer, claro”.
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Zeca do Barreiro também afirmou não ter nada contra a Bancada Mulheres Amazônidas, do Partido Socialismo e Liberal (Psol), que deve ocupar o lugar dele. “(Membros da bancada) Foram muito felizes em dizer que o culpado de tudo foi o partido Avante e não o vereador Zeca do Barreiro, como muitos safados, demagogos, que colocaram nas redes sociais lá 'Zeca do Barreiro'. O erro é do partido, que eu estou pagando, mas não devo nada para a justiça, nada pra ninguém, nem para esse filho do capeta”.
Após o pronunciamento, ele recebeu palavras de apoio de outros parlamentares presentes na sessão.
Procurado, o vereador informou que ainda está no cargo porque a Câmara Municipal de Belém não foi notificada da decisão do TRE. Mas assim que houver a notificação, ele pretende recorrer e pedir efeito suspensivo da decisão.
Ele não deu detalhes se o discurso na Câmara foi direcionado a algum colega de parlamento e afirmou ter se chateado com as acusações que recebeu envolvendo abuso de poder econômico e cota de gênero. Zeca observou que o processo era contra o partido. “Eu não cometi abuso. A gente vai pra rua pedir voto. Eu estou sendo injustiçado por uma coisa que todos os partidos fazem e o candidato não tem acesso a isso. Eu contei com a ajuda de amigos, na minha campanha não teve abuso”.
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