‘A imagem do Brasil não está boa por aqui’, diz Helder Barbalho, após participar de evento na Suíça
Para o governador, se o País não reagir, 'haverá restrições e embargos a produtos brasileiros'
Após se reunir com investidores internacionais durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta semana, o governador do Pará Helder Barbalho afirmou que “o Brasil está sendo visto com desconfiança”, no exterior, em razão da atual política de gestão ambiental. “Se a gente não reagir, haverá restrições e embargos a produtos brasileiros. A imagem do Brasil não está boa por aqui”, declarou, em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, do G1 Nacional.
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Nos últimos dias, além dos encontros com investidores, Helder participou de um painel com o presidente da Colômbia, Iván Duque, sobre a situação da região amazônica na América do Sul.
Para a governador, "a instabilidade política no país é tamanha” que tem gerado muita preocupação internacional. De acordo com Camarotti, Helder se referia às ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral brasileiro.
O governador afirmou também que há questionamentos se o compromisso assumido pelo Brasil com as metas estabelecidas pela COP-26 será cumprido. “O problema é saber se os compromissos assinados serão revertidos em ações concretas — e se isso será revertido em entrega”.
Durante o evento, Helder Barbalho apresentou as ações do Estado relacionadas ao meio ambiente, como o programa de rastreabilidade do gado para dar um selo verde à carne exportada pelo estado.
“É preciso ter um cuidado com a possibilidade de embargo internacional com a carne produzida na Amazônia. Por isso, criamos uma rastreabilidade para a propriedade sustentável”, declarou.
Ele também apresentou o plano Amazônia Agora, que conta com sete eixos de atuação, dos quais quatro são principais e envolvem atividades de fiscalização e licenciamento (“Comando e Controle”); ordenamento territorial; desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE); e financiamento ambiental de longo alcance. O plano também tem como objetivo central levar o Pará à neutralidade climática na área de “uso da terra e florestas” antes de 2036.
“Preciso desmatar alguma coisa para ser o maior produtor do Brasil? Tenho que mudar a lógica para a aumentar a produtividade das áreas já existentes e com isso preservar a floresta”, concluiu.
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