Pará reduz desmatamento em 21%, indica Inpe
Estado também conseguiu bom desempenho ao reduzir participação no desmatamento da Amazônia Legal
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o Estado do Pará reduziu em 21% o desmatamento. Os números levam em comparação o período de agosto de 2021 a julho de 2022 e agosto de 2020 a julho de 2021, conforme o calendário do ano do Sistema de Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite 2022 (Prodes). O Governo do Estado avalia essa redução como resultado do investimento em políticas públicas que favoreçam o uso sustentável da terra e o combate aos crimes ambientais presentes nos eixos do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).
O Inpe divulgou esses dados nesta quarta-feira (30), e foram analisados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), por meio do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), que realiza o acompanhamento e avaliação dos dados de Desmatamento gerados Sistema Prodes, e dos Alertas de Desmatamento gerados pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real - Deter. Esses sistemas realizam o monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia Legal e foram desenvolvidos e mantidos pelo Inpe.
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No mesmo período, a região Amazônica diminuiu em 11% o desmatamento. Em números absolutos, o total corresponde a 1.470km². A redução alcançada pelo Estado do Pará ao reduzir 21% do desmatamento, ou seja, 1.097km² em números absolutos, 75% da área reduzida na Amazônia Legal. Já o estado do Amazonas registrou aumento de 13%, a mais expressiva dentre os estados que compõem a região.
O Pará também conseguiu bom desempenho ao reduzir sua participação no desmatamento da Amazônia Legal. Em 2021, sua participação foi de 40%, e em 2022 passou para 36%.
O secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro Ó de Almeida, destaca que, desde 2019, a atual gestão vem adotando medidas que promovem a incorporação do uso de novas tecnologias no planejamento e execução das ações de monitoramento e fiscalização do desmatamento no Pará.
"O Governo do Estado vem ampliando ações voltadas para uma economia de baixo carbono, por meio da valorização da floresta, com alternativas de uso da terra sem conversão florestal, como propõe o Plano Estadual de Bioeconomia, lançado na Conferência do Clima (COP 27), neste mês, no Egito. O Estado também, via Secretaria, está trabalhando na estratégia de restauração florestal, o “Restaura Pará”, que deverá ser construída ao longo do próximo ano”, completou.
A partir do ano de 2020, é possível observar que passou a ocorrer redução do percentual de aumento nas taxas do Estado, alcançando em 2020 diminuição de 17% em relação a 2019, e 7% em 2021 em relação a 2020. Esses dados já indicavam tendência de redução do desmatamento, o que se confirmou em 2022, como é destacado pelo Governo Estadual.
Força e monitoramento
Em 2020, o Governo instituiu a instituiu a Força Estadual de Combate ao Desmatamento, sob coordenação da Semas. As operações de fiscalização, denominadas “Amazônia Agora”, visam reduzir as taxas de desmatamento ilegal no Pará. Além da Semas, são integrantes dessa Força o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e as polícias Militar, Civil e Científica.
As operações de fiscalização de combate ao desmatamento no Pará concentram-se nas áreas críticas apontadas pelos sistemas utilizados pela Semas. O monitoramento diário do desmatamento é realizado pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental, por meio de alertas de desmatamento gerados pelo sistema DETER, que dão origem a relatório semanal contendo o diagnóstico do desmatamento.
“Os dados gerados são destinados exclusivamente aos órgãos de fiscalização. Técnicos do Cimam foram treinados pelo INPE para realizar o mapeamento do desmatamento em áreas críticas no estado do Pará dentro da plataforma, tornando o estado pioneiro neste tipo de parceria com o Instituto. Para identificação destas áreas utilizam-se as informações da Sala de Situação da Amazônia - AMS, desenvolvida pelo Inpe”, explicou Andrea Coelho, assessora da Semas.
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