Pai de aluno tranca escola em Igarapé Miri em protesto pela falta de cuidadores escolares

Segundo o homem, esse ato foi uma tentativa desesperada na busca por soluções para o problema

O LIBERAL
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​​O pai de um aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ana Dalila Ferreira de Oliveira, localizada em Igarapé Miri, no nordeste paraense, trancou as portas da instituição, na manhã desta segunda-feira (9), como forma de protesto devido à falta de cuidadores escolares. Esses profissionais apoiam alunos que precisam de uma atenção especial, como por exemplo, por questões de saúde, limitações físicas, dificuldades de aprendizagem ou comportamentais.

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Miqueias Pantoja explicou a motivação do ato. “Hoje está acontecendo um protesto aqui e eu sou o responsável, com intuito de fechar a escola, pedindo cuidador para os nossos filhos, principalmente para aquelas crianças que não podem vir à escola sem o auxílio desse cuidador. O meu filho já está há mais de mês sem vir à escola por não ter cuidador”, disse em entrevista ao Jornal Mir​iense.

Segundo Pantoja, o problema já foi levado às autoridades responsáveis, mas até o momento não houve solução. “A secretaria já foi notificada sobre o que está acontecendo, através de ofício e, infelizmente, até hoje, ainda não deram uma resposta para resolver. A coordenação de educação especial também sabe do problema”, completou.

Ainda de acordo com Miqueias, o impacto dessa situação vai além do ambiente escolar, afetando diretamente a rotina de várias famílias mirienses. “Muitos pais não trabalham, deixam de fazer as suas atividades por não terem como deixar seu filho na escola, por não ter cuidador na escola”, revelou Miqueias.

Desesperado por uma resposta, o pai questiona a demora das autoridades em solucionar o impasse. “Isso aqui é uma situação quase de desespero, para forçar a secretaria a dialogar e explicar o que está acontecendo. Foi feito um processo seletivo há mais de um ano para a contratação desses profissionais cuidadores. Então, por que não resolve?”, questionou ele.

Não é a primeira vez que essa situação se repete. No ano passado, Miqueias relata que os pais já haviam tentado buscar soluções para o problema, mas sem sucesso. “Ano passado, eu fiz a mesma questão aqui. Quase dois meses depois das aulas, já tínhamos ido na secretaria, uma comissão de pais, ofícios para a secretaria. Eles não resolvem. Ano após ano, a gente verifica essa questão”, contou.

O processo seletivo realizado anteriormente não solucionou os problemas, e a esperança de que o concurso público trouxesse uma mudança também não se concretizou. “No início do ano passado, essa questão do processo seletivo para cuidador foi com objetivo de sanar esses problemas. E não foi resolvido. A gente pensou que, no concurso público, eles iriam ofertar vagas para esse cargo, que foi criado no município, e não foram ofertadas”, concluiu Miqueias Pantoja.

A reportagem do Grupo Liberal entrou em contato com a Prefeitura de Igarapé Miri, por meio de sua assessoria de imprensa, em busca de um posicionamento sobre o caso. Ainda não houve retorno.

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