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Escola municipal segue modelo sustentável e prepara alunos para a COP-30, em Belém

A escola tem como política principal a atuação de educação ambiental 

Bruna Lima

A COP 30 é assunto em várias esferas em Belém, inclusive, dentro das escolas. Algumas delas já estão preparadas para os debates e outras já estão inseridas nesse modelo de sustentabilidade. Mas há as que precisam se atualizar e estabelecer novos padrões. A Escola Municipal Canto do Uirapuru, localizada na Tv. Rio Tomé Açu, Maracangalha, funciona com padrões sustentáveis que servem de modelo para outras unidades de ensino. A escola conta com plantação de frutas, onde os alunos plantam e usufruem dos frutos, assim como as hortas, tem energia solar, e vai receber nos próximos meses o projeto Biodigestor, que serve de reciclagem do material despejado pelos alunos. Só falta o projeto hídrico, de reutilização da água para estar totalmente sustentável.

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A diretora da escola, Silvia Machado, explica que desde 2020 a escola está incorporada na questão da educação ambiental como uma parte essencial do projeto político pedagógico. Ela explica que cada vez mais a pauta da educação ambiental é primordial para a comunidade da unidade de ensino, uma vez que possui vários problemas, inclusive alguns crônicos com relação a coleta do lixo.

"Desde 2020 as nossas crianças estabelecem uma nova relação de preservação, de reciclagem, de não poluir o meio ambiente, a questão do desmatamento, o ano passado, inclusive, nós fizemos uma caminhada aqui ao redor da escola protestando contra o desmatamento e pedindo que as pessoas salvem a floresta, enfim, então a questão da educação ambiental é um dos focos principais da nossa escola, do nosso projeto pedagógico”, pontua a diretora.

image A Escola Municipal Canto do Uirapuru funciona com padrões sustentáveis que servem de modelo para outras unidades de ensino. (Wagner Santana/ O Liberal)

A diretora acrescenta que a COP 30 vem para somar os esforços e com outras ações e projetos a nível macro, nos quais a escola está inserida como a questão do Biodigestor, que está sendo instalado na escola. Trata-se de um projeto financiado pela verba da COP 30, que vai ser instalado para reciclar todo o lixo orgânico produzido pela merenda escolar da unidade. E o trabalho com esse lixo orgânico vai acarretar na produção de gás para ser consumido pela unidade. “Nosso gás de cozinha, também vamos conseguir produzir insumos para nossa horta e entre outros benefícios”, acrescenta a diretora da unidade.

A horta é um espaço pedagógico onde as crianças tomam conta, ajudam a fazer, a plantar, a consumir e obter conhecimento. Outra grande conquista da escola foi eliminar o lixão que existia na frente da unidade de ensino, pois existia um matagal e lá as pessoas despejavam o lixo e formavam os entulhos. A luta é para que o espaço vire uma praça com espaço de esporte e lazer.

A professora Sônia Feio é técnica pedagógica da escola e ajudou na elaboração do projeto focado na educação ambiental. Ela explica que a comunidade escolar se juntou a esse projeto político pedagógico como forma de envolver as crianças nesse conceito de preservação da natureza.

"Nós temos uma grande área verde, onde as crianças vivem, convivem com essa natureza e o objetivo maior são as ações práticas com as crianças, para que elas vivam, possam viver esse espaço com consciência de que elas mesmas estão oportunizando a elas o consumo. Tem objetivo também de promover atenção, olhar e cuidar desse ambiente. Nós temos os projetos juntamente com a plantação, do cultivo de açaí, a manga, o cacau, acerola, onde eles colhem e consomem”, explica a técnica pedagógica.

A escola também conta com energia limpa por meio de placas solares. Hoje, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) conta com 60 unidades escolares com energia limpa, sendo 38 unidades base de usina e 22 unidades são receptores de energia gerada.

SEMEC

O professor Walter da Silva Braga, coordenador do Centro de Formação Paulo Freire da Semec, explica que desde 2021 a secretaria vem trabalhando com educação ambiental junto às escolas do município, que visa desenvolver oficinas e formações não apenas para professores e alunos, mas também para a comunidade das escolas. Com o apoio de algumas ações da COP 30 a secretaria está fazendo a instalação de biodigestores em 32 escolas.

E-Book COP nas escolas

Já está liberado para as escolas de rede pública e privada o E-book ‘COP30 Nas Escolas: Amigos da Casa Comum’, elaborado pelo Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O material foi lançado na tarde desta quarta-feira (28), em Belém, na sede do Regional. O material fica disponível no site da regional 2 da CNBB.

O lançamento contou com a participação do Dom Vital Corbellini, bispo referencial para a educação na CNBB no Pará e Amapá, Lady Anne Souza, coordenadora da Pastoral da Educação do Regional Norte 2 da CNBB e uma das organizadoras do E-book, Dom Paollo Andreolli, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém e referente para a COP30 na CNBB no Pará e Amapá, além de educadores e entre outros atores sociais da área da educação.

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Belém
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