Mercado de imóveis comerciais em Belém tem recuperação pós-pandemia e expectativas para a COP 30
Após um período de estagnação durante a pandemia, o setor de salas comerciais e escritórios na capital paraense vive um novo momento de crescimento, com novas demandas e expectativas para o evento internacional.

O setor de imóveis comerciais de Belém, composto por salas comerciais e escritórios, está em plena recuperação após os impactos da pandemia de Covid-19. Enquanto a demanda por imóveis residenciais para hospedagem aumentou com a aproximação da COP 30, o mercado de salas comerciais começa a se reerguer, com foco em empreendimentos modernos, sustentáveis e adequados ao novo cenário de trabalho híbrido. Representantes do setor imobiliário comercial apontam que a realização do evento pode intensificar mais a procura por esses espaços.
Recuperação pós-pandemia: o retorno dos escritórios
Após um período de retração, que durou praticamente dois anos, o setor de imóveis comerciais em Belém começa a mostrar sinais de recuperação. Durante a pandemia, muitos escritórios ficaram vazios e o mercado foi amplamente afetado, com imóveis sem vender ou alugar.
Segundo Valter Matos, gestor de vendas de imóveis comerciais de alto padrão, a retomada foi impulsionada pela reabertura do mercado de trabalho e pela busca por qualidade de vida, com empresas migrando para prédios mais modernos e confortáveis.
"A vacina trouxe de volta a normalidade e o mercado passou a se movimentar mais. A procura por salas comerciais aumentou, principalmente por aquelas mais novas e com infraestrutura de ponta", afirma Matos.
Valter Matos, gestor de vendas de imóveis comerciais de alto padrão em Belém. (Foto: Igor Mota)
A recuperação, no entanto, não é uniforme. Enquanto o mercado de salas comerciais se aqueceu, o número de lançamentos no setor tem sido menor se comparado ao mercado residencial.
Para Marcus Santos, diretor do Conjove (Conselho Nacional de Jovens Empresários em Belém), a tendência é que o mercado de imóveis comerciais se ajuste à nova realidade do trabalho híbrido.
"As grandes lajes corporativas deram lugar a salas comerciais menores, mais acessíveis, que atendem a empresas de pequeno e médio porte, especialmente em bairros mais nobres como o Brás de Aguiar", comenta Santos.
A COP 30 e o impacto no mercado de imóveis comerciais
Com a proximidade da COP 30, as expectativas para o setor imobiliário comercial em Belém são altas.
De acordo com Cláudia Craveiro, diretora de Comunicação e Marketing do CRECI (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Pará), o evento deve impulsionar mais a demanda por imóveis comerciais, tanto para locação quanto para compra.
"A demanda vai ser muito grande para locação e compra de salas comerciais, especialmente em áreas movimentadas da cidade, onde grandes empresas e instituições de menor porte poderão montar suas bases operacionais durante a COP 30", destaca Craveiro.
A análise do diretor do Conjove, Marcus Santos, também corrobora essa visão.
"Embora a COP 30 ainda não tenha gerado uma demanda significativa até o momento, a expectativa é de que com a aproximação do evento, o mercado se aqueça, especialmente para imóveis de menor porte, com foco em escritórios e pequenas empresas", explica Santos.
Tendências do setor: conforto, sustentabilidade e versatilidade
Outro fator que tem sido cada vez mais exigido por empresas e investidores é a qualidade dos empreendimentos comerciais.
Valéria Pires, corretora de imóveis residenciais e comerciais, observa que o mercado de salas comerciais está em pleno aquecimento, embora o número de lançamentos ainda seja inferior ao do mercado residencial.
"Há uma demanda crescente por imóveis comerciais que ofereçam conforto, praticidade e sustentabilidade, além de serem mais versáteis e modernos. Empreendimentos que contemplem espaços mais adaptáveis, como áreas de coworking e soluções tecnológicas, estão se destacando", afirma Pires.
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