Financiamento de energia solar pode ser mais barato que a conta de luz, diz especialista
Parcelas podem substituir a conta de energia, e crédito acessível facilita a adesão ao sistema

A energia solar tem ganhado cada vez mais adeptos, tanto em residências quanto em empresas, principalmente pelo seu custo-benefício a longo prazo. No entanto, um dos principais obstáculos para a instalação de sistemas fotovoltaicos é o valor inicial do investimento. Para quem não dispõe do montante necessário de imediato, o financiamento pode ser uma alternativa viável. Contudo, a preocupação com as taxas de juros continua sendo uma barreira para muitos consumidores.
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Com o crescimento do mercado de energia solar, mais pessoas estão se aventurando nesse setor, mas nem todos os empreendedores possuem a estrutura necessária para oferecer um serviço de qualidade. “Hoje, muitas pessoas que trabalham como eletricistas enxergam uma oportunidade e, muitas vezes, abrem um CNPJ, um MEI, e terceirizam todos os serviços, o que coloca em risco a segurança do cliente. O ideal é que a empresa tenha uma estrutura física, como uma loja e uma equipe preparada para dar suporte ao cliente", explica Ruan Gomes, diretor comercial de uma empresa voltada para instalação desse recurso na Grande Belém.
Ele pontua que a falta de uma estrutura bem definida é um risco para o consumidor, que pode ter dificuldades caso o sistema apresente problemas. Ter uma empresa com presença física e um time especializado ajuda a dar mais segurança e confiança ao cliente.
Financiamento: Vale a Pena?
A grande dúvida de muitos consumidores é: vale a pena financiar o sistema de energia solar? De acordo com Ruan, a resposta é afirmativa. Ele explica que, por exemplo, se uma pessoa paga R$ 600 mensais de conta de luz, isso significa um consumo médio de 500 kWh. "Hoje, um projeto para essa demanda pode ser financiado com juros de 1,7% a 1,8% ao mês, e a parcela do financiamento pode ser menor do que a conta de luz anterior", detalha. Nesse caso, ao investir na energia solar, o cliente deixa de pagar a concessionária de energia, pois começa a gerar sua própria eletricidade, o que resulta em economia.
Ruan também destaca a vantagem de que a parcela do financiamento pode substituir o valor da conta de energia. "Em vez de pagar a concessionária, o cliente começa a pagar a parcela do financiamento, que tem um prazo para terminar", afirma.
Outro ponto positivo do financiamento de energia solar é a possibilidade de obter carência de até 120 dias para começar a pagar a parcela. "Se o cliente fechar o contrato hoje, 25 de março, por exemplo, ele pode começar a pagar a parcela apenas em 25 de julho", afirma Ruan. Isso permite que o cliente tenha mais tempo para se ajustar financeiramente antes de começar a arcar com a nova despesa.
Além disso, a maioria dos financiamentos para energia solar não exige comprovação de renda, o que facilita o acesso ao crédito. "Cerca de 90% dos financiamentos não exigem essa comprovação. O processo é simples, basta solicitar a análise e, se aprovado, o crédito é liberado de forma rápida", explica Ruan. Essa facilidade tem sido um grande diferencial, permitindo que mais pessoas consigam investir na instalação de sistemas fotovoltaicos.
Bancos e Fintechs: onde buscar o crédito?
Existem várias opções para quem deseja financiar a energia solar, desde bancos tradicionais, como Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, até fintechs e financeiras especializadas, como Sofácio, BV e Solagora. Ruan explica que essas fintechs têm se especializado em oferecer linhas de crédito voltadas exclusivamente para energia solar, trabalhando com clientes que estão com o nome limpo no mercado. “Essas opções facilitam o acesso ao crédito para quem quer investir em energia solar”, completa.
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