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Cesta básica dos belenenses registra queda em julho, mas tem a 2ª maior alta do país no ano

Aumento foi de 3,02% no acumulado do ano, ficando atrás apenas de São Paulo

Emilly Melo
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A cesta básica dos moradores de Belém apresentou queda pelo segundo mês consecutivo em agosto deste ano. Apesar do recuo de 2,56% em relação a julho, o custo da alimentação no Estado registrou a segunda maior alta do país no acumulado do ano, de 3,02%, ficando atrás apenas de São Paulo entre as 17 capitais pesquisadas. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, seção Pará (Dieese/PA), nesta quinta-feira (05/09).

Segundo o Dieese, no último mês, mais da metade dos 12 produtos básico da alimentação paraense tiveram recuos de preços, com destaque para o tomate, com queda de 9,79%; seguido do feijão, com queda de 4,68%; banana, com queda de 2,87%; manteiga, com queda de 1,50%; açúcar, com queda de 1,49%; farinha de mandioca, com queda de 1,10%; e arroz, com queda de 1,07%. Por outro lado, também em agosto, alguns alimentos ficaram mais caros, como o óleo de soja e café, com aumento de 6,39% e 2,12%, respectivamente.

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Já no acumulado do ano, em contrapartida, referente ao período de janeiro e agosto, os aumentos mais expressivos foram o café (+25,34%); leite (+7,53%); farinha de mandioca (+4,14%); óleo de soja (+3,32%); manteiga (+3,31%); e tomate (+2,98%). Na outra ponta, apenas três produtos acumulam recuos de preços, são eles: feijão (-8,53%); açúcar (-6,30%); e carne bovina (-1,07%).

Mesmo com as variações, o custo dos alimentos que compõem a cesta básica equivale a quase metade de um salário-mínimo, no valor atual, consumindo, em média, R$ 664,92 do orçamento em agosto. “Uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, o desembolso total seria de R$ 1.994,76, sendo necessários, portanto, aproximadamente 1,41 salários mínimos (baseado no valor atual) para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família na aquisição destes alimentos básicos”, aponta o Dieese.

A aposentada Ivonete Airosa conta que passou no supermercado para abastecer a despensa de casa, mas, devido aos preços, desistiu de comprar alguns itens, como o arroz, e optou por produtos mais econômicos, como no caso do café, que, além de abrir mão do consumo diário do leite, também preferiu levar o do tipo solúvel, por avaliar ser mais vantajoso.

“Vim só para fazer umas comprinhas porque estou sem nada em casa, mas não vai dar para fazer o supermercado porque as coisas estão muito caras. Não tem nada barato, aumentou tudo”, detalha.

Já o autônomo Messias Borges preferiu levar seis pacotes de café para aproveitar a promoção do dia. "Eu fiz uma pesquisa de preço, atualmente, aqui no supermercado encontrei um mais em conta, por isso estou levando uma quantidade expressiva. A gente faz supermercado quando precisa de algo específico porque não dá mais para fazer aquelas compras de encher um carrinho”, declara.

Preço em janeiro/2024:

  • Carne R$ 37,12
  • Leite R$ 6,58
  • Feijão R$ 7,87
  • Arroz R$ 7,11
  • Farinha R$ 10,46
  • Tomate R$ 9,61
  • Pão R$ 15,65
  • Café R$ 35,04
  • Açúcar R$ 6,34
  • Óleo R$ 8,30
  • Manteiga R$ 56,14
  • Banana R$ 9,16

Preço em agosto/2024

  • Carne R$ 36,12
  • Leite R$ 36,12
  • Feijão R$ 6,11
  • Arroz R$ 7,38
  • Farinha R$ 10,82
  • Tomate R$ 9,67
  • Pão R$ 15,72
  • Café R$ 43,83
  • Açúcar R$ 5,95
  • Óleo R$ 7,16
  • Manteiga R$ 60,95
  • Banana R$ 10,16
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