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Criação de patos movimenta a agricultura familiar e garante lucro extra no período do Círio

Faltando menos de 30 dias para a grande festa, muitos produtores já esgotaram boa parte de suas criações.

Gabi Gutierrez
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A chegada do Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do Brasil, impulsiona não apenas a fé dos paraenses, mas também a economia familiar de pequenos criadores de patos na região. A procura pelo animal, essencial na preparação do tradicional pato no tucupi, movimenta a agricultura familiar em municípios próximos a Belém, como Santa Izabel e seus distritos, onde pequenos produtores encontram nesse período do ano uma oportunidade de aumentar a renda.

Demanda crescente e venda antecipada

Neste ano, a demanda surpreendeu os criadores, com vendas acontecendo antes do esperado. Faltando menos de 30 dias para a grande festa, muitos produtores já esgotaram boa parte de suas criações. Márcio Serra, de 38 anos, que mantém a tradição familiar de criar patos em Santa Izabel, explica que, embora a criação não seja focada apenas na comercialização, a procura aumenta consideravelmente com a aproximação do Círio. “Hoje, da minha criação, sobraram quatorze patos. E nessa época, próxima do Círio de Belém, vem muita gente procurar mesmo para comprar”, comenta.

Para muitos criadores, a temporada é uma chance de reforçar o orçamento doméstico. No caso de Márcia Tinoco, de 37 anos, que cria patos no distrito de Americano, também em Santa Izabel, as vendas podem gerar um lucro considerável, que pode superar dois salários mínimos. “Ano passado, a gente conseguiu vender mais de cem patos. Chega a uns R$ 3 mil ou 4 mil de lucro nesse período”, relata.

Os dois produtores rurais, ainda ressaltaram a facilidade na criação do animal. “Eles comem de tudo, então é tranquilo para criar nesse sentido”, diz Márcio. No entanto, Márcia completa que a grande quantidade de patos, acaba pesando no bolso: “eles comem o dia todo, então temos que estar abastecendo sempre, por isso investimos muito na alimentação”.

Aumento na procura eleva o preço dos patos

Enquanto os criadores aproveitam a temporada para lucrar, os consumidores precisam lidar com o aumento dos preços. De acordo com o levantamento de preços feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o pato vivo, pesando entre 2,5 e 3 quilos, pode chegar a custar mais de R$ 130 nas feiras livres de Belém, como as do Ver-o-Peso e da Avenida Rômulo Maiorana. Já nos supermercados, o pato congelado é vendido a cerca de R$ 40 o quilo, uma alternativa para quem busca economizar.

Márcio explica que o preço dos patos varia conforme o peso e o sexo do animal, com patos machos sendo vendidos por valores que podem chegar a R$ 150. “Hoje, um pato tem o preço de acordo com o peso e idade. Às vezes, por ser o pato macho, ele é mais caro”, afirma.

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