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Descubra seis carreiras que fazem a diferença para um futuro sustentável na Amazônia

Detalhamos algumas dessas áreas presentes na mineração, principal vocação econômica do Estado

O Liberal

Conhecido por suas riquezas, o estado do Pará abriga boa parte da exuberante Floresta Amazônica e a maior mina de ferro a céu aberto do mundo, além de outras riquezas minerais, matérias-primas para diversos utensílios e equipamentos que fazem parte do nosso cotidiano. Para buscar o equilíbrio entre a potencial atividade de mineração do Estado e a conservação do meio ambiente, algumas profissões têm feito a diferença no mercado de trabalho e no dia a dia do setor.

Essa busca por mais sustentabilidade está presente em diversos setores e profissões focadas nesse caminho já fazem parte desse cenário. 

image Renata Tedeschi se dedica ao estudo sobre as mudanças climáticas (Divulgação / Arquivo Pessoal)

Uma delas é a de Clima e meteorologia. Em todo o mundo já se sente o efeito das mudanças climáticas. Estudos aprofundados sobre como elas afetam a natureza e a vida na Terra são fundamentais para abrir caminhos para a sobrevivência. É para isso que Renata Tedeschi dedica a sua vida. Pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), Renata é graduada em Física e apaixonada por meteorologia, pelo estudo das alterações das temperaturas da superfície do mar no Pacífico equatorial e por previsão climática. 

“A meteorologia que me escolheu. Quando estava no meu primeiro ano da graduação, uma professora me ofereceu duas bolsas de iniciação e foi assim que começou a minha jornada na área. No último ano da graduação, tive dúvidas se continuava ou fazia mestrado em outro tema. Após um tempo pensando, cheguei à conclusão de que a meteorologia tem um impacto maior para a população em si. Acabei decidindo por continuar nela, pois queria ver minhas pesquisas aplicadas no dia a dia e não apenas um 'livro' na prateleira de uma biblioteca”, conta a pesquisadora.

Outra área importante é a de especialista técnico em crédito de carbono. O biólogo Helio Laubenheimer, que está na Vale há 13 anos, atua nesse ramo, na Diretoria de Mudanças Climáticas e Carbono, se dedicando a desenvolver soluções inovadoras relacionadas a créditos de carbono. O tema está na vanguarda de um movimento que objetiva estabelecer uma economia verde, que respeita os limites naturais do planeta e concede incentivos financeiros para aqueles que reduzem e/ou sequestram emissões de gases de efeito estufa, promovendo bem-estar social e crescimento econômico em harmonia com o meio ambiente.

“Os créditos servem como um incentivo poderoso para práticas que buscam preservar e recuperar o equilíbrio ecológico. Meu trabalho hoje é um testemunho do poder transformador que essas práticas sustentáveis podem ter, proporcionando um impulso significativo para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, criando oportunidades de trabalho e melhorando a qualidade de vida”, explica Helio.

Na lista de atividades que podem fazer a diferença na Amazônia, está a de Estudo de cavernas, na qual atua o Geólogo formado pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá, Airton Barata. O paraense integra a equipe de espeleologia da Vale e atua nos estudos necessários para compor os processos de licenciamento da mineradora, revelando a história e as características das cavernas presentes na região. Um conhecimento que respeita o passado e preserva a história natural do sudeste do Pará.

No seu trabalho, ele precisa adentrar a floresta, usar técnicas de exploração e mapeamento geológico de cavernas com objetivo de caracterizá-las e contribuir para sua conservação. "Para mim, atuar na Amazônia, representa um privilégio, pois poucos têm a oportunidade de experimentar ambientes tão particulares e diversos, que encantam e tornam o nosso trabalho mais leve e fascinante", comenta.

Já a bioeconomia se consolida como mola propulsora capaz de potencializar o desenvolvimento regional. Ainda no Ensino Médio, Samia Nunes sabia que seria engenheira florestal e que essa carreira seria uma das profissões do futuro, principalmente na Amazônia, onde os desafios ligados à sustentabilidade são cada vez mais presentes. Pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS), ela atua nos estudos dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), alternativa de produção referência em manejo sustentável, que alia restauração florestal e arranjo produtivos de plantios, beneficiando a agricultura e a floresta.

“Atuar em pesquisas que contribuam e tragam soluções para a recomposição de florestas na Amazônia é o que me satisfaz profissionalmente. Há 10 anos sabia que essa seria uma profissão do futuro, que se vive hoje. Acredito ainda que ajudar as pessoas a entenderem que é possível ter desenvolvimento tendo a vegetação como aliada, é a maior beleza da profissão que escolhi para trilhar”, afirma Samia.

Outra área importante para o futuro sustentável é a de Conservação. Atuando há mais de 18 anos na Amazônia, o biólogo Lourival Tyski tem uma importante responsabilidade nas mãos. Ele é o curador, ou seja, o responsável pela conservação de um arquivo com registros de mais de 16 mil espécimes de plantas conhecidas na Floresta Nacional de Carajás, unidade de conservação com mais de 391 mil hectares, no sudeste do Pará. O Herbário de Carajás é fonte para pesquisa científica, ampliação do conhecimento da população, a partir de atividades de educação ambiental, e para ações que contribuem para sua conservação no meio ambiente.

“Em quase duas décadas atuando em Carajás, pude conhecer muito da diversidade biológica da região, suas características, sua riqueza e distribuição. Como curador do herbário e integrante do Plano de Conservação da Biodiversidade de Carajás, é muito enriquecedor e gratificante poder apoiar e participar ativamente em diversos estudos desenvolvidos em prol do conhecimento científico e da conservação dessa tão rica biodiversidade”, afirma o biólogo.

Os controles ambientais em qualquer atividade, incluindo a de mineração, também são fundamentais para evitar ou mitigar impactos ao meio ambiente. Na mineração, uma série de equipamentos monitoram indicadores relacionados a ruído, vibração, poeira, qualidade da água, do ar, entre outros. O paraense Edson Roseno Silva atua como amostrador no monitoramento de recursos hídricos, integrando equipe que realiza coletas periódicas em campo.

“Nosso trabalho é essencial para garantir que as coletas de água para análise sejam realizadas de forma precisa, segura e conforme os padrões exigidos. Dessa forma, é possível comprovar a qualidade das águas, efluentes e afins e monitorar se estão conforme os parâmetros exigidos”, explica Edson.

O trabalho de Edson é uma das atividades acompanhadas pelo Centro de Controle Ambiental (CCA) da Vale que funciona em Parauapebas (PA). Com a instalação da unidade, além das medições periódicas feitas pelos técnicos em campo, foram adicionados sensores, tecnologia de transmissão e câmeras de alta resolução. A atuação in loco e infraestrutura do CCA permitem o acompanhamento em tempo real dos parâmetros ambientais nas unidades da empresa.

Outras carreiras

Carreiras nas áreas ambientais, além de outras como operação de mina, manutenção, segurança no trabalho, relações com comunidades, desenvolvimento de projetos, comunicação, automação e TI, também fazem parte do universo da mineração e contam com muitas pessoas envolvidas. A Vale, por exemplo, emprega cerca de 60 mil trabalhadores, entre próprios e terceiros, nas operações do Pará, enquanto o Fundo Vale atua como fundo de fomento e investimento que tem como objetivo impulsionar soluções de impacto socioambiental positivo que fortaleçam a economia sustentável.

As frente de atuação envolvem estímulo à ciência e tecnologia, inovação e empreendedorismo, oferta de capital, desenvolvimento de mercados, regulação e incentivos. Dentro desta estrutura, o Instituto Tecnológico Vale, em Belém, conta com cerca de 40 pesquisadores e mais de 150 bolsistas, dedicados a criar soluções tecnológicas e científicas para o futuro da mineração e da sustentabilidade e para as futuras gerações.

Veja as áreas que contribuem no equilíbrio entre a potencial atividade de mineração do Estado e a conservação do meio ambiente

Clima e meteorologia

Crédito de carbono 

Estudo de cavernas

Bioeconomia 

Conservação

Controle Ambiental

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Economia
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