Você sabe o que é caribé? Alimento popularmente conhecido por 'curar doenças' é tradição no Pará

Muito além do que um simples alimento, o caribé faz parte da cultura tradicional paraense. Há anos, é considerado um verdadeiro remédio natural. Mesmo sem comprovação científica, a mistura é usada por muitas pessoas para dar "sustança ao corpo", na crença de que o alimento possa curar algumas doenças. Mas afinal, você sabe o que é o caribé?

O que é caribé?

O caribé é um alimento líquido tradicionalmente paraense, cujo ingrediente principal é a farinha de mandioca. Semelhante a um mingau, ele é feito a partir do cuí da mandioca, que é mais fino que a farinha habitual por passar pelo processo de peneira. O cuí também exige técnicas mais elaboradas de lavagem, para torná-lo mais saudável e retirar o tucupi e o azedume da mandioca. 

Além disso, a cultura popular acredita que a mistura tenha propriedades curativas, sendo considerado por muitos paraenses como um ‘santo remédio’. 

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Qual a origem do caribé?

Embora a importância do caribé para a cultura paraense, não há registros escritos sobre qual seria, ao certo, a origem do alimento. Acredita-se que ele tenha sido inventado por caboclos da Amazônia paraense. Isso porque, o que se sabe dele foi transmitido oralmente a partir de relatos que foram ensinados e aprendidos de geração a geração.

Quais os benefícios do caribé?

Embora seus benefícios não tenham comprovação científica, muitas pessoas acreditam que ele possa oferecer uma série de benefícios para o corpo humano. Entre os principais, estão:

• Fortalecimento do sistema imunológico;
• Melhora da digestão;
• Aumento a energia e disposição.

Como fazer caribé?

Ingredientes:

• 300ml de água
• 100g de farinha coada (de cuí)

Modo de fazer:

1. Colocar 300ml de água para ferver;
2. Deixar a farinha de cuí de molho em pouca água por aproximadamente 10 min;
3. Após esse tempo, escorrer a água da farinha e adicioná-la a água em fervura;
4. Mexer por cinco minutos em fervura.
5. Opcionais a gosto: açúcar, leite, sal.

Vale ressaltar que não há comprovação científica de que o alimento, de fato, cure alguma doença ou indisposição.

(Júlia Marques, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com)