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Acupuntura: oferecido no SUS, tratamento ganha cada vez mais adeptos em Belém

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e cada vez mais integrada aos tratamentos convencionais do Sistema Único de Saúde (SUS), a acupuntura vem ganhando popularidade no Brasil

Gabriel Pires

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e cada vez mais integrada aos tratamentos convencionais do Sistema Único de Saúde (SUS), a acupuntura vem ganhando popularidade no Brasil. Baseada na medicina tradicional chinesa, a técnica utiliza agulhas finas para estimular pontos específicos do corpo, promovendo alívio de sintomas como dores e até mesmo redução do estresse. Em Belém, o método tem ganhado cada vez mais adeptos, que sentem melhoria na qualidade de vida com as sessões.

Embora a acupuntura seja amplamente associada ao uso de agulhas, a especialista Selumite Carmo, que atua com homeopatia e acupuntura, explica que essa prática é mais abrangente - e que vai muito além para poder tratar pontos específicos no corpo. "Dentro da medicina tradicional chinesa, temos várias técnicas além da acupuntura, como ventosaterapia, auriculoterapia, massagem, moxabustão e até o uso do laser como um instrumento para quem tem medo de agulhas", esclarece Selumite.

Segundo a especialista, o tratamento se baseia na estimulação de pontos específicos do corpo, que podem ser ativados de diferentes formas para promover a saúde e o equilíbrio do organismo. A acupuntura atua sobre os meridianos, canais de energia distribuídos pelo corpo, que estão ligados a órgãos e vísceras. Esses canais, explica Selumite, percorrem toda a extensão do corpo e possuem pontos específicos que podem ser estimulados para aliviar sintomas e tratar doenças.

Selumite pontua que, durante o tratamento, ativamos pontos estratégicos para equilibrar a energia do paciente e tratar suas queixas. "No corpo temos esses canais de energia. Na frente, no lado, no dorso. E, no trajeto desses canais, há pontos de acupuntura. São esses pontos que são ativados durante o tratamento. Os meridianos têm nomes relacionados aos órgãos, como bexiga, rim, fígado, baço, intestino grosso e coração", afirma, ao lembrar que a terapia é integra as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) do SUS.

A acupuntura pode ser realizada em pessoas de todas as idades, inclusive bebês. A técnica é amplamente utilizada para o alívio de dores, mas seus benefícios vão além. "O efeito mais conhecido é a analgesia, como tratamento para dores no ombro. Mas não é só isso. Além disso, tem a parte do reequilíbrio energético. Fazemos harmonização dos pontos de acupuntura. A gente tenta causar a raiz do problema. O uso da acupuntura é muito amplo para vários casos, como pacientes picados por centopeia”.

Benefícios

Entre os principais benefícios da técnica também estão: alívio da dor, especialmente para problemas musculoesqueléticos e inflamações; redução do estresse e ansiedade, ajudando no equilíbrio emocional; melhora da circulação e do sono, promovendo o bem-estar geral.; e é usada no tratamento complementar em casos de enxaqueca, distúrbios digestivos e até sequelas de acidentes. Por isso, espera-se até mesmo o uso de medicamentos com o tratamento do método.

"A quantidade de sessões varia muito, depende muito de cada paciente e da individualidade. Uma pessoa pode ter. uma dor de cabeça, por exemplo, e outra pessoa também, mas pode ser tratado de formas diferentes. Não há restrição de idade. Qualquer pessoa pode fazer, até bebês. Também não há contraindicação. Só há uma questão que não se pode fazer em determinados pontos, mas a acupuntura pode ser qualquer pessoa, mas só precisamos fazer uma anamnese”, detalha a acupunturista.

O medo da dor é um dos principais receios de quem nunca fez acupuntura. No entanto, Selumite esclarece que a sensação varia de pessoa para pessoa. "Existem agulhas de vários tamanhos de agulha. Dói, é uma furada, mas cada pessoa tem uma sensibilidade. Outras pessoas só sentem na hora de colocar a agulha, mas o tratamento não é doloroso. Não é para doer durante toda a sessão", reforça.

Efeitos

Para a assistente social Ana Carolina Mata, que trabalha no PSM da 14, o tratamento com a acupuntura proporcionou bastante melhoria para a qualidade de vida dela. Há cerca de um ano ela começou a terapia e já percebe mudanças significativas. “Para mim, descobrir essa nova técnica e só teve a somar no meu ganho de saúde, bem-estar e alívio de estresse. Trabalho em um ambiente hospitalar, com várias demandas, dentro de um pronto socorro. E ajuda a aliviar o ritmo de plantão de 12 horas”, comenta.

“Quando eu iniciei o tratamento, era uma vez por semana esse atendimento. No momento, não tô fazendo regularmente, mas faço sempre quando posso. A minha queixa era estresse, ansiedade e até mesmo muita dor muscular ultimamente. E, trabalhando isso na acupuntura, eu realmente senti uma melhora alivia das tensões e dores. Pretendo continuar no tratamento e também com as demais práticas, como a ventosaterapia e a auriculoterapia. É muito importante para os servidores da saúde e toda a rede”, acrescenta.

Ana Carolina também relata que a prática também é uma forma de prevenir doenças. Ela considera que, com isso, é possível até mesmo evitar outras complicações. Para a assistente social, que trabalha na área da saúde, ela considera que é necessário estar bem para poder cuidar dos outros. “Eu acho que é um processo de entendimento, de entender, de não buscar essas alternativas não só no momento da doença. Mas preparar o próprio corpo, conhecer e entender para ter um fluxo de vida bem melhor”, observa.

Rede municipal

Atualmente, na rede municipal de saúde de Belém, a demanda pelo serviço não é de portas abertas e ocorre de acordo com a demanda. No entanto, os pacientes do Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti (PSM da 14), no Umarizal, e da Casa Do Idoso, em Nazaré, contam com o acesso ao serviço.

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