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Paraense, menina de 3 anos é a mais jovem leitora bilíngue do Brasil

Aos 2 anos completos, Catarina começou a ler em português e, 4 meses depois, em inglês

Dilson Pimentel

Catarina Ritter, de apenas 3 anos, é a mais jovem leitora bilíngue do Brasil, segundo o RankBrasil (recordes brasileiros). A paraense de Redenção surpreendeu a família ao começar a ler em português aos 2 anos e, apenas quatro meses depois, também em inglês. O feito ocorreu sem cursos ou métodos formais, apenas com a exposição a livros, desenhos legendados e experiências do dia a dia.

O pai de Catarina, Magno Ritter, 32 anos, contou que a descoberta ocorreu durante uma viagem a um complexo turístico em Goiás. "Ela começou a ler diversas placas com nomes como 'noiva' e 'céu'. No início, achamos que eram palavras do cotidiano dela. Mas, em um restaurante, leu 'vinho' no cardápio. A partir desse momento, testamos outras palavras e frases, percebendo que ela realmente lia e compreendia o significado."

Preocupados com o avanço rápido, os pais buscaram especialistas, que identificaram sinais de superdotação. Hoje, Catarina possui uma idade cognitiva estimada em 7 anos.

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Aprendizado acelerado no inglês

Desde cedo, Catarina demonstrou interesse por inglês. Usando o aplicativo educativo Lingokids, desenvolvido pela Oxford University Press, ela aprendeu de forma lúdica por meio de jogos, rimas e histórias interativas.

"Ela tomou muito gosto pela língua e hoje assiste a desenhos como Patrulha Canina apenas em inglês, com legendas também no idioma. Além disso, pede para ouvir músicas de artistas como Coldplay e Adele", contou Magno.

Diante do avanço, os pais a matricularam em um curso de inglês. Apesar de a instituição normalmente aceitar apenas crianças acima de 6 anos, Catarina foi admitida por já estar alfabetizada. Seu desempenho impressiona: estágios que normalmente duram de seis a oito meses são concluídos por ela em apenas um mês e dez dias.

image Catarina gosta de músicas da cantora Adele e da banda Coldplay (Foto: Thiago Gomes/O Liberal)

Desenvolvimento e rotina

Apesar da inteligência acima da média, Catarina leva uma vida normal. Gosta de brincar ao ar livre, nadar e assistir a desenhos. No entanto, prefere brinquedos educativos, como quebra-cabeças e jogos de formas geométricas, em vez de bonecas.

Os pais, Magno e Sara Rodrigues Ritter, não falam inglês fluentemente. "Ela não aprendeu ouvindo a gente, porque nós de fato não sabemos. Muitas vezes ela nos ensina palavras e significados", contou Sara. A família se prepara para a chegada de um irmãozinho, previsto para nascer em junho.

Benefícios do bilinguismo na infância

A psicóloga clínica e neuroeducadora Lilian Vilhena explica que aprender um novo idioma na infância potencializa o desenvolvimento cognitivo, cultural e social. "O bilinguismo estimula diferentes áreas cerebrais, como os lobos frontal e temporal, além da massa cinzenta e branca. Isso resulta em uma linguagem mais assertiva e eficiente."

Estudos indicam que crianças que aprendem um segundo idioma apresentam maior capacidade de integração e processamento de informações. "Elas desenvolvem habilidades sociais e cognitivas avançadas, além de uma maior compreensão cultural", reforça Lilian.

Quando introduzir o ensino bilíngue?

Segundo especialistas, a exposição a um novo idioma pode começar ainda na pré-escola. "A infância é um período crítico para a aprendizagem, com conexões cerebrais ocorrendo a uma velocidade intensa. Se a criança demonstrar interesse, os pais devem incentivar", afirma Lilian.

Dicas incluem o consumo de vídeos educativos no YouTube, exposição a músicas em inglês e a interação com aplicativos educativos. "A aprendizagem se torna mais eficiente quando está associada a experiências lúdicas, como jogos e histórias", finaliza a especialista.

 

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