Professora Maria da Glória denuncia alagamento na passagem Euclides da Cunha, na Batista Campos
No local, basta uma chuva pequena para que os transtornos surjam na área
“Quando chove muito, vem água dos dois lados da rua e alaga”. Esse é um trecho do relato da professora Maria da Glória, de 74 anos, moradora do passagem Euclides da Cunha, localizada no bairro Batista Campos, e que convive há anos com alagamentos crônicos na área. Segundo a denunciante, o problema afeta o dia a dia dos moradores, especialmente em períodos chuvosos.
Em dias sem chuva, a rua permanece seca, mas basta um chover um pouco que o problema surge. A reportagem esteve no local no último dia 9 de janeiro. De acordo com Maria da Glória, o cenário de alagamentos persiste há mais de 35 anos. "Quando chove, vem água dos dois lados e alaga. Fica tipo um igarapé. E, às vezes, nem precisa chover muito", relata. Segundo ela, o problema é agravado pela influência das marés: "A água só vai embora se a maré estiver baixa. Se a maré estiver alta, só vai embora depois que baixa".
No local, basta uma chuva pequena para que os transtornos surjam na área, como constatado pela reportagem. Além disso, os constantes alagamentos também atingem outras ruas do entorno, além do cruzamento com a rua dos Caripunas. Moradores da rua dos Mundurucus e da avenida Conselheiro Furtado também são afetados pelas enchentes. E quanto maior o nível da rua, maior é o problema.
Para os moradores da Passagem Euclides da Cunha, o problema é mais do que incômodo: é uma ameaça à saúde e à qualidade de vida. Além da dificuldade de circulação, os alagamentos trazem outro problema: o mau cheiro causado pela água acumulada e pela falta de manutenção do sistema de esgoto. "É uma podridão aqui nessa parte, principalmente na Pariquis com a Caripunas. É uma coisa horrível", desabafa a professora.
E ainda, outra situação constatada na via são os buracos que, somados aos alagamentos, se transformam em poça d’água. Por conta disso tudo, quando a rua enche, o ir e vir de pedestres fica totalmente comprometido, e, muitas vezes, é preciso enfrentar e aguaceiro para seguir viagem. O mesmo acontece com os motoristas, que precisam reduzir a velocidade dos veículos para poder passar.
A professora também destacou a precariedade do saneamento básico como fator determinante para a situação: "Belém quase toda está no fundo, porque o saneamento básico fica entupido, e não há para onde os resíduos do esgoto fluírem. É muito complicado. A situação de Belém é muito complicada. É uma pena. Uma cidade tão maravilhosa como a nossa nessa situação", desabafa.
A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) foi procurada para esclarecer sobre as ações previstas para o trecho e sobre o cronograma de obras para conter os alagamentos na área. A reportagem aguarda retorno.
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