Vereadores de Belém repercutem retorno do Talibã ao poder no Afeganistão

Tema foi assunto principal da sessão ordinária desta terça-feira (17)

Eduardo Laviano

Os vereadores de Belém realizaram uma sessão ordinária de menos de 1h50 nesta terça-feira (17).

Alguns utilizaram o tempo na tribuna para refletir sobre o retorno do Talibã ao comando do Afeganistão, após vinte de anos de ocupação estadunidense no pais.

Fernando Carneiro disse que as práticas terroristas precisam ser condenadas, bem como as práticas dos Estados Unidos que ele classificou como "imperialistas", mencionando os golpes de estado apoiados pelo país ao longo do século XX.

"A crítica agora é a saída desordenada das tropas americanas, mas evidentemente que a volta do Talibã ao poder é uma coisa que a gente tem que lamentar, que é uma guerrilha de extrema direita, com uma visão absurdamente deturpada do que seja o islamismo e a sharia e quem sofre com isso, principalmente, são as mulheres", afirmou. 

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Mauro Freitas (PSDB) chamou as imagens do aeroporto de Cabul que rodaram o mundo no dia anterior de "estarrecedoras". 

"Não tenho dúvida em me posicionar de que os Estados Unidos deveria ter continuar no país. Acho que a questão foi financeira. Ficou caro para eles bancar aquela conta. Isso vem para contrapor a ideia de quem sempre foi conta essas chamadas invasões que os Estados Unidos sempre realizou no mundo", disse.

Ele afirmou que afegãos que participaram do governo americano no passado [cerca de 18 mil, nas estimativas da Reuters] "com certeza serão mortos".

A previsão ocorreu, porém, antes da primeira coletiva de imprensa do Talibã, na qual o grupo anunciou anistia irrestrita. 

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Matheus Cavalcante (Cidadania) seguiu o exemplo de Carneiro e optou por classificar o Talibã como um "grupo de extrema direita".

Ele disse que apesar dos parlamentares serem eleitos para tratar dos problemas de Belém, não havia como não citar o tema - e acabou aproveitando o discurso contra o Talibã para criticar os governos de Cuba e Venezuela. 

"[O Talibã] através de uma religião, deturpa o discurso em prol de um projeto político que só oprime, só onera, só massacra, que não respeita aos pessoas e que muito retrocede nos direitos humanos", avaliou. 

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