STF forma maioria para tornar réus 100 denunciados pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília

Os denúncias podem responder por associação criminosa armada; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e outros crimes

O Liberal
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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votou para tornar em réus 100 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento nos ataques às sedes dos três poderes, durante os atos do dia 8 de janeiro deste ano. Essas pessoas devem responder pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Os denunciados são: 

  • Ademir da Silva
  • Edson Medeiros de Aguiar
  • Carlo Adriano Caponi
  • Daywydy da Silva Firmino
  • Fátima de Jesus Prearo Correa
  • Gleisson Cloves Volff
  • Horacir Gonsalves Muller
  • Marco Tulio Rios Carvalho
  • Marcos Soares Moreira
  • Maria Jucelia Borges
  • Mateus Viana Maia
  • Mauricio Maruiti
  • Sheila Mantovanni
  • Tatiane da Silva Marques
  • Thiago Queiroz
  • Vera Lucia de Oliveira
  • Viviane Martimiani Nogueira
  • Yuri Luan dos Reis
  • Ademilson Gontijo Ferreira
  • Agustavo Gontijo Ferreira
  • Airton Dorlei Scherer
  • Alex Sandro dos Anjos Augusto
  • Alexander Diego Kohler Ribeiro
  • Alfredo Antonio Dieter
  • Alisson Adan Augusto Morbeck
  • Ana Maria Ramos Lubase
  • Anderson Zambiasi
  • Andrea Baptista
  • Andrea Maria Maciel Rocha e Machado
  • Anilton da Silva Santos
  • Antonio Cesar Pereira Junior
  • Antonio Fidelis da Silva Filho
  • Belchior Alves dos Reis
  • Bruno Ribeiro dos Santos Maia
  • Calone Natalia Guimarães Malinski
  • Carlos Alberto Hortsmann
  • Carlos Alexandre Oliveira
  • Carlos Emilio Younes
  • Cezar Carlos Fernandes da Silva
  • Cristiano Roberto Batista
  • Daiane Machado de Vargas Rodrigues
  • Davi Alves Torres
  • Deise Luiza de Souza
  • Denise Dias da Silva
  • Deusamar Costa
  • Diego Haas
  • Diogo Deniz Feix
  • Dyego dos Santos Silva
  • Edlene Roza Meira
  • Edson Gonçalves de Oliveira
  • Aécio Lúcio Costa Pereira
  • Alessandra Faria Rondon
  • Aletrea Verusca Soares
  • Alexandre Machado Nunes
  • Ana Carolina Isique Guardieri Brendolan
  • Ana Cláudia Rodrigues de Assunção
  • Ana Flavia de Souza Monteiro Rosa
  • Ana Paula Neubaner Rodrigues
  • André Luiz Barreto Rocha
  • Angelo Sotero Lima
  • Antonio Carlos de Oliveira
  • Antonio Marcos Ferreira Costa
  • Barquet Miguel Junior
  • Bruno Guerra Pedron
  • Carlos Eduardo Bom Caetano da Silva
  • Carlos Rubens da Costa
  • Charles Rodrigues dos Santos
  • Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos
  • Cirne Rene Vetter
  • Claudia de Mendonça Barros
  • Claudio Augusto Felippe
  • Clayton Costa Candido Nunes
  • Cleodon Oliveira Costa
  • Cleriston Oliveira da Cunha
  • David Michel Mendes Mauricio
  • Davis Baek
  • Diego Eduardo de Assis Medina
  • Dirce Rogério
  • Djalma Salvino dos Reis
  • Douglas Ramos de Souza
  • Eder Parecido Jacinto
  • Edilson Pereira da Silva
  • Eduardo Zeferino Englert
  • Edvagner Bega
  • Elisangela Cristina Alves de Oliveira
  • Eric Prates Kabayashi
  • Ezequiel Ferreira Luis
  • Fabiano André da Silva
  • Fabio Jatchuk Bullmann.
  • Fabricio de Moura Gomes
  • Fatima Aparecida Pleti
  • Felicio Manoel Araujo
  • Felipe Feres Nassau
  • Fernando Kevin da Silva de Oliveira
  • Fernando Placido Feitosa
  • Francisca Hildete Ferreira
  • Frederico Rosario Fusco Pessoa de Oliveira
  • Geissimara Alves de Deus
  • Gelson Antunes da Silva
  • Gesnando Moura da Rocha

Além do relator Alexandre de Moraes, outros cinco minitros já votaram: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Todos acompanharam o voto de Moraes para transformar em réus os denunciados pela PGR. Com isso, o placar já está em 6 x 0, mas faltam ainda os votos de André Mendonça, Nunes Marques, Rosa Weber e Luiz Fux. O julgamento no sistema eletrônico do Supremo encerra segunda-feira (24).

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Ainda cabem recursos contra o recebimento das denúncias. Depois, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus.

“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais", escreveu Moraes em seu voto. 

Os advogados de defesa alegam que a PGR não conseguiu individualizar as condutas dos acusados e defendem a rejeição das denúncias.  

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