Presidente Lula volta a condenar ataques de Israel na Faixa de Gaza

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os bombardeios de Israel em Gaza, iniciados em resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas ao país. "Não é porque Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade", declarou Lula, durante o programa "Conversa com o Presidente", transmitido na manhã desta terça-feira (24).

Lula disse que conversou com líderes de diferentes países, entre eles Israel, a Autoridade Palestina, Irã, Egito, Turquia, França, Rússia e Emirados Árabes, na tentativa de mediar uma resolução para o conflito. Ele também pretende falar com líderes da China, África do Sul e Catar sobre o assunto.

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Segundo ele, o objetivo é conseguir três coisas: corredor humanitário, para que as pessoas possam receber água, comida, remédio; que não falte energia elétrica nos hospitais, para que as pessoas possam ser tratadas; e que não se mate mais crianças. “Não tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais é criança, que não está na guerra", declarou.

O presidente defende também a solução de dois Estados, com a demarcação de um território israelense e outro palestino na região.

"É preciso que a gente consiga que lá, no Oriente médio, Israel com um território que é seu, que está demarcado pela ONU, e os palestinos tenham direito de ter a sua terra. É simples assim”, disse. “E não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém. Todo dia a gente vê que colonos de Israel invadem a terra dos palestinos, e a ONU não faz nada porque a ONU está enfraquecida", completou.

Lula declarou que também está conversando com autoridades sobre a situação dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza. “Nós temos crianças lá, nós temos mulheres, que estão sofrendo os tormentos dos tiros, das bombas, dos foguetes. Eles estão muito próximos da faixa de fronteira com o Egito", disse.

O petista disse ter conversado com presidente do Egito e que o avião presidencial já está no Cairo à espera desses brasileiros, aguardando a abertura da fronteira.

“Porque é aqui o lugar deles, um país seguro, que não tem guerra, e a gente pretende dar a eles a cidadania que eles não conseguiram conquistar morando em Faixa de Gaza, com a truculência que está acontecendo lá, com os bombardeios", declarou.

Durante a live, o presidente também criticou a atuação dos Estados Unidos e da Organização das Nações Unidas (ONU), que para ele está “enfraquecida”.

"Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os EUA poderiam ter interferência maior, mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra, as pessoas querem incentivar o ódio, estimular o ódio, e eu não vejo assim", disse.