PL das Fake News: 'big techs jogaram sujo para impor a sua posição ao Congresso', diz Orlando Silva
Relator da matéria afirma que essas empresas "abusam da condição de monopólio no mercado e colocam um caminho apontando para críticos do projeto, inclusive políticos"
O deputado Orlando Silva (PC do B-SP), relator do Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, voltou a criticar as grandes empresas de tecnologia pela campanha contra a proposta em dicussão no Congresso Nacional. "O que as big techs operam nesse instante é [para] colocar o Congresso Nacional de joelhos. É decidir o que pode e o que não pode ser votado. E o que é grave, jogando fora das quatro linhas da Constituição, para usar uma analogia que ficou famosa no Brasil", declarou, em entrevista à Folha de São Paulo.
Orlando afirma que o Google, por exemplo, tem 96% do mercado de busca no Brasil, e essas empresas "abusam da condição de monopólio no mercado e colocam um caminho apontando para críticos do projeto, inclusive políticos".
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Ele argumenta que o Google pode se manifestar e afirma que já realizou reuniões com dirigentes da empresa. "É legítimo que eles participem do debate. O que não é legítimo é eles travestirem de neutralidade uma abordagem dos usuários para conduzi-los a um debate distorcido, enviesado. Houve abuso do poder econômico. Houve disseminação de desinformação. Eles próprios feriram os termos de uso", declarou Orlando Silva. "Então as big tech jogaram sujo para impor a sua posição ao Congresso Nacional. E isso não é democrático", completou.
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