Pedido de convocação de coronel da PM do Pará é rejeitado na CPMI do 8 de janeiro
Policial militar do Pará era comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional durante no dia dos atos em Brasília, em 8 de janeiro
Um pedido de convocação do coronel Sandro Augusto Sales Queiroz, da Polícia Militar do Pará, foi rejeitado por maioria de votos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro em Brasília. No dia em que as sedes dos três poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) – foram invadidas e depredadas, Sandro Queiroz era comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional.
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O requerimento pedindo a convocação do militar foi apresentado pelo deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ) e tinha o apoio da oposição, sob o argumento de que são necessários esclarecimentos a respeito da atuação da Força Nacional no dia dos ataques. Na justificativa, Ramagem observa que o fotógrafo Adriano Machado confirmou que “registrou em fotos a presença de guardas da Força Nacional no estacionamento do Ministério da Justiça, enquanto os manifestantes se dirigiam ao Palácio do Planalto”.
Essas mesmas informações, ainda de acordo com o parlamentar, também são indicadas por vídeos que começaram a circular depois dos atos de 8 de janeiro. “Nesse contexto, afigura-se imprescindível colher o testemunho de pessoas que eram responsáveis pela atuação e acompanharam “in loco” toda a movimentação ocorrida no dia 8 de janeiro, como é o caso da autoridade cuja oitiva se pretende com o presente requerimento”, justificou.
Porém, o pedido acabou sendo rejeitado por 14 votos contra e 10 a favor, após discussão entre os participantes.
"Esse discurso que nós estamos escondendo omissão é um discurso que não existe. Nós discutimos aqui várias vezes a Força Nacional e demonstramos porque a Força Nacional, por decisão do Supremo, não foi chamada, por culpa do governo do Distrito Federal. Houve um pedido do Ministério da Justiça pra isso. Ele não era comandante da Força Nacional coisa nenhuma, ele era de um batalhão”, declarou a deputada federal Jandira Feghali (PC do B / RJ).
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