Novo juiz da Lava pede à PF abertura de inquérito sobre acusações contra Moro e Dallagnol
Investigação será sobre supostas tentativas de extorsão na operação Lava Jato em troca de favores para clientes
Nesta terça-feira (28), o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura "urgente" de um inquérito para investigar as acusações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o senador Sérgio Moro (União-PR) e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Duran alegou que sofreu tentativas de extorsão na Operação Lava Jato em troca de favores para seus clientes, e que passou a ser "perseguido" após se recusar a compactuar com essas práticas. As acusações foram feitas durante uma audiência virtual.
Moro, ex-juiz da Lava Jato, afirmou que "não teme qualquer investigação" e classificou as acusações como "calúnias feitas por criminoso confesso e destituído de credibilidade". Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Lava Jato, disse que o advogado é um "mentiroso compulsivo, criminoso confesso e lavador de dinheiro profissional".
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Ministro Ricardo Lewandowski recebe ofício
O ofício do juiz Eduardo Appio foi encaminhado ao superintendente da PF do Paraná, Rivaldo Venâncio, solicitando a abertura do inquérito para investigar a prática de crime de extorsão alegadamente praticado por agentes públicos federais. Appio também enviou o caso ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), porque Moro e Dallagnol têm direito ao foro por prerrogativa de função.
Tacla Duran teve a prisão decretada por Moro durante a Lava Jato, mas nunca foi preso porque vive na Espanha há anos. Ele chegou a ter o nome incluído na lista de foragidos internacionais da Interpol, mas agora foi colocado no programa de proteção a testemunhas por Eduardo Appio. O novo juiz da 13ª Vara de Curitiba tem sido alvo de duras críticas e pressões por parte de nomes ligados à operação Lava Jato.
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