MST protesta por reforma agrária na sede do Iterpa, em Belém
Manifestantes buscam pressionar o governo por ações em prol de reforma agrária
Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) realizaram uma ocupação no prédio do Instituto de Terras do Estado do Pará (Iterpa), localizado na avenida Augusto Montenegro, em Belém, na manhã desta terça-feira (7). De acordo com os manifestantes, a ação é parte das ações organizadas na jornada de lutas do movimento que ocorre em 23 estados brasileiros.
“O nosso objetivo é abrir uma mesa de negociação para que a gente possa dar seguimento ao debate sobre a reforma agraria. Nós precisamos de terra para trabalhar e cuidar da nossa família”, afirma Clivia Regina da Silva, dirigente estadual do setor de gênero do MST.
No protesto, as trabalhadoras sem-terra entregaram um documento que elenca algumas áreas que precisariam de atenção prioritária do governo estadual, como os assentamentos Terra Cabana e Quintino Lira, em Belém, além do local conhecido como Lourival Santana, que fica no sudeste paraense. “As mulheres estão protagonizando essa luta que se soma a um movimento nacional. Protocolamos hoje essa pauta no Iterpa e fomos recebidas pela presidência. Estamos com a expectativa de que esse diálogo seja retomado no dia 17 de abril, no contexto da mobilização do Abril Vermelho”, relata Clivia Silva.
Após o protesto, as mulheres desocuparam o prédio e retornaram para o acampamento montado na Aldeia Cabana, no bairro da Pedreira.
Ao Grupo Liberal, o Iterpa afirma que recebeu os representantes do MST para tratar sobre pedidos de regularização fundiária em áreas que aguardam decisões judiciais em ações de reintegração de posse, que estão em tramitação no Poder Judiciário além da implementação de políticas de reforma agrária. “Os representantes deixaram o prédio do Iterpa no início da tarde”, conclui o comunicado.
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