Frente Parlamentar da Agropecuária se pronuncia contra invasões do MST em fazendas da Suzano
Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura se preocupa com o risco de polarização ideológica alimentado pelas invasões
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (3), repudiando as invasões realizadas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano e de outros proprietários no sul da Bahia. A entidade classificou os atos como "criminosos" e resultantes da "conivência histórica com a impunidade". A Suzano afirmou que suas propriedades foram danificadas durante as invasões, enquanto o MST alega que busca negociar a retomada da reforma agrária e um projeto para a agricultura familiar camponesa.
A FPA defende que a reforma agrária deve ser realizada por meios diferentes da invasão e ocupação, garantindo o direito à propriedade privada. "Não há o que se defender e nunca haverá motivação apropriada para cometer crimes", afirmou a FPA.
Frente fala em prejuízos permanentes
Além disso, argumenta que as invasões trazem prejuízos permanentes aos produtores rurais e danos econômicos ao setor produtivo e à nação. A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura também demonstrou preocupação com as invasões, alertando para o risco de alimentar a polarização ideológica do país.
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A Justiça da Bahia determinou a reintegração de posse de uma fazenda da Suzano no município de Mucuri e estabeleceu multa de R$ 5 mil por dia em caso de descumprimento da ordem. O uso de força policial para a desocupação foi autorizado pelo magistrado caso seja necessário. Já o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), pretende mediar as negociações entre o grupo e a empresa Suzano, buscando solucionar o conflito que já dura 10 anos.
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