MST ocupa fazendas de eucalipto da Suzano na primeira onda de invasões no novo governo Lula
Ação é realizada principalmente por mulheres em alusão ao Dia Internacional da Mulher
Cerca de 1,7 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam quatro fazendas no sul da Bahia, sendo três da empresa Suzano Papel e Celulose e uma de outro proprietário. As invasões começaram na segunda-feira, 27, e se estenderam até a tarde desta terça-feira, 28. A ação foi realizada principalmente por mulheres em alusão ao Dia Internacional da Mulher, em uma manifestação pelo direito à terra e à reforma agrária.
As fazendas invadidas pela Suzano são de cultivo de eucalipto, consideradas pelo MST como "latifúndios de monocultura de eucalipto". Segundo a empresa, suas propriedades foram danificadas durante as invasões e ela entrou com ação de reintegração de posse.
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Ação contraria fala do presidente Lula
Para o MST, a ocupação das terras é uma forma de chamar a atenção para a demora do governo federal em nomear a presidência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e para a necessidade de retomar a reforma agrária e promover um projeto para a agricultura familiar camponesa.
As invasões foram as primeiras em massa do MST desde o início do governo Lula e contrariam o discurso do presidente, que havia dito durante a campanha eleitoral que o movimento não ocupava propriedades produtivas. O MST afirmou que pretende continuar as ações, promovendo ocupações de terras, marchas, formação com as mulheres e doações de alimentos e sangue.
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