MST invade duas fazendas em Parauapebas no sudeste paraense

Fazendas Santa Maria e Três Marias foram invadidas na segunda-feira (20)

O Liberal
fonte

Na madrugada da segunda-feira (20), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram as fazendas Santa Maria e Três Marias, no município de Parauapebas, no sudeste do Pará. A alegação para a ocupação das duas propriedades é que ambas seriam "latifúndios improdutivos de terras griladas" e que a invasão seria parte das comemorações pelo Dia da Consciência Negra. A direção do MST alega que mais de mil famílias participaram da invasão. A Delegacia de Conflitos Agrários e destacamentos da Polícia Militar estão no local, onde o clima é tenso.

VEJA MAIS

image Presidente da FPA aciona justiça contra ministro Paulo Teixeira por defender invasões do MST
O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), informou ter entrado com uma representação contra o ministro do Desenvolvimento Agrário, “por incitação e apologia ao crime”.

image CPI do MST se encerra sem votação do relatório; oposição culpa 'manobra' do governo
Tenente-Coronel Zucco diz que governo federal 'adotou táticas questionáveis e cobrou um preço dos partidos aliados e dos cargos concedidos'

image Coordenador nacional do MST afirma que há ‘grande insatisfação’ com governo Lula e prevê protestos
João Paulo Rodrigues alega que a preocupação é “que em algum momento as famílias comecem a fazer uma reclamação nacional, indo para a estrada, parando rodovias”

Conforme o MST, o complexo de fazendas está sob a posse do empresário Ítalo Toddy, dono da companhia de rodeio homônima, que reside em Marabá. O movimento diz que os documentos teriam sido trocados por dívidas em negociação com a família Miranda-Cruz, fazendeiros também conhecidos pelo extenso patrimônio de terras na região. Os donos das terras querem a retirada imediata dos invasores, mas, para o MST a invasão é legítima e a violência no campo é provocada pelos proprietários.

“Os ruralistas da região querem uma desocupação forçada da área, uma prática recorrente de violência no campo contra os trabalhadores sem terra, e contam com o apoio da polícia, que fez um cerco com bloqueio da entrada e saída das famílias acampadas”, diz nota divulgada pelo MST.

Ainda conforme o movimento, há relatos de ameaças de prisão e agressões contra os trabalhadores que tentam passar pelo bloqueio, feito em torno do acampamento.

MST acusa proprietários de grilagem

O MST exige, conforme a nota divulgada, a vistoria imediata das terras pelos governos federal e estadual e ainda que, a partir de uma suposta comprovação de que a área é pública, ela seja destinada para reforma agrária.

Segundo o MST, o empresário Ítalo Toddy teria obtido os títulos de posse das fazendas em troca da negociação "duvidosa" de dívidas com a família Miranda, latifundiários conhecidos por seus patrimônios de terras públicas e por praticar crimes contra a natureza e os trabalhadores rurais”.

Por sua vez, a família Miranda Cruz afirma que a área em questão pertence ao complexo de fazendas do grupo, totalmente legalizado, e que apenas a área do pasto está alugada ao também pecuarista Ítalo Toddy.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA